segunda-feira, 27 de maio de 2013

O Monte Alverne



Na Toscana, existe um monte rochoso e coberto de bosques, inacessível e sublime, com fendas horríveis cobertas de musgo e de frescor. Há muitos anos, o conde Orlando de Chiusi lho doara, em sinal de devoção, para que se servisse dele nos seus encontros com Deus.

Em agosto de 1224 subiu Francisco com alguns irmãos os mil e trezentos metros do Monte Alverne. É difícil ao turista que sobe hoje de automóvel esse monte, imaginar o que significava para Francisco, já esgotado, viajar a lombo de burro pelos caminhos sinuosos até chegar ao cimo da montanha, onde ela parece abrir-se subitamente, oferecendo, do alto duma rocha íngreme, vista para os vales lá embaixo. Cuidados, privações e enfermidades tinham enfraquecido o corpo desse homem de quarenta e dois anos. Francisco sempre se sentiu à vontade nos cumes das montanhas. Desejava afastar-se das últimas preocupações a respeito de sua Ordem, das decepções e da falta de compreensão. Pediu que o levassem a uma abertura na rocha, onde ainda se vê uma grade no lugar em que ele dormia; pode-se supor que não foi mudada muita coisa naqueles blocos de pedra úmidos e mofados.

Ano após ano, penetrava cada vez mais na essência de Deus até chegar à mais elevada forma que se possa imaginar na terra: à contemplação mística de Deus. É esta contemplação mística que ele experimentará de uma forma única na solidão do Alverne, pelo espaço de quarenta dias (de 15 de agosto até 29 de setembro, festa de São Miguel). Ele se retira do convívio de seus irmãos e só o irmão Leão pode lhe levar diariamente um pouco de pão e água durante a sua viagem mística ao invisível.

(Do livro Francisco de Assis, Profeta de Nosso Tempo, de N. G. Van Doornik)

segunda-feira, 20 de maio de 2013

O Crucifixo de São Damião: Um ícone bizantino do século XII




Foi este Crucifixo que Francisco ouviu dizer, na pequena e abandonada igreja de São Damião:

- “Francisco, vai e reconstrói minha Igreja“.

Um artista italiano desconhecido o pintou no século XII num pano colado sobre uma madeira de nogueira.

Ele possui 1,90m de altura, 1,20m de largura e 12cm de espessura.

Este é o Crucifixo e o Cristo glorioso que Santa Clara contemplará durante toda a sua vida, durante todo o tempo em que permaneceu no Mosteiro de São Damião (1212 - 1253). Por isso, falará tantas vezes no “Rei da glória”.

Em 1259, após a morte de Santa Clara, quando as primeira clarissas deixaram a igreja de São Damião e passaram a morar na igreja de São Jorge (atual Basílica de Santa Clara), para ficarem junto do corpo de sua Fundadora, levaram consigo este Crucifixo que ficava sobre o altar.Abaixo vamos analisar cada pedaço que compõe o Crucifixo de São Damião, ressaltando os seus elementos mais significativos:A figura central do ícone é o Cristo, não só por seu tamanho, mas também por ser o Cristo a figura luminosa que domina a cena e transmite luz para as demais figuras.

Os olhos de Jesus estão abertos: Ele olhapara o mundo que salvou. Ele vive e é eterno.

A veste de Jesus é umsimples pano sobre o quadril - um símbolo tanto do Sumo Sacerdote comode Vítima. O tórax e o pescoço são muito fortes. Atrás dos braços esticados do Cristo está seu túmulo vazio, representado pelo retângulo preto.
Existem 33 figuras no Ícone:

2 imagens de Cristo
1 mão do Pai
5 figuras maiores
2 figuras menores
14 anjos
2 pessoas nas mãos de Jesus
1 menino pequeno
6 pessoas ao fundo da Cruz
1 galo.

Há 33 cabeças em torno da cruz, dentro das conchas, e sete ao redor da auréola.

Na parte de cima da Cruz A ascensão é retratada no círculo vermelho: Cristo está saindo dele segurando uma cruz dourada, que agora é Seu símbolo de realeza.

As vestimentas são douradas, símbolo de majestade e vitória.

A estola vermelha é um sinal de sua autoridade e dignidade supremas exercidas no amor.

Anjos lhe dão boas-vindas no Reino dos Céus.

IHS são as três primeiras letras do nome de Jesus em grego. NAZARÉ é o Nazareno.

É o Cristo na glória!!!

De dentro do semicírculo, na extremidade mais alta da cruz, está Deus Pai, se revela numa benção. Esta benção é dada pela mão direita de Deus, com o dedo estendido.

Em torno da cruz há ornamentos caligráficos que podem significar a videira mística, “Eu sou a videira, vós os ramos…” (Jo 15, 5). Na base da cruz há algo que parece ser uma pedra - o símbolo da Igreja. As conchas do mar são símbolos de eternidade, que nos é revelado.

Do lado esquerdo da Cruz Como no evangelho de São João, Maria e João são colocados lado a lado junto à CruzO manto de Maria é branco, significando vitória (Ap 3,5), purificação (Ap 7,14) e boas obras (Ap 19,8). As pedras preciosas no manto dizem respeito às graças do Espírito Santo.

O vermelho escuro usado indica intenso amor, enquanto a veste internana cor purpúrea lembra a Arca da Aliança (Ex 26, 1-4).

A mão esquerdade Maria está no rosto, retractando a aceitação do amor de João, e suamão direita aponta para João, enquanto seus olhos proclamam a aceitação das palavras de Cristo: “Mulher, eis aí teu filho” (Jo 19, 26).

O sangue goteja em João neste momento. O manto de João é cor de rosa que indica sabedoria eterna, enquanto sua túnica é branca - pureza. Sua posição é entre Jesus e Maria, o discípulo amado por ambos. Ele está olhando para Maria, aceitando as palavras de Jesus: “Eis aí tua mãe” (Jo19, 27).

Do lado direito da Cruz Maria Madalena, que era considerada por Jesus de uma forma muito especial, está junto à cruz. Sua mão está no queixo, indicando um segredo “Ele ressuscitou”. Sua veste tem cor escarlate, que simboliza amor, e seu manto azul intensifica este símboloMaria de Cléofas usa veste cor castanha, símbolo de humildade, e seu manto verde claro (esperança). Sua admiração por Jesus é demonstrada no gesto de suas mãos.

O centurião segura, na mão esquerda, um pedaço de madeira representado sua participação na construção da sinagoga (Lc 7, 1-10). A criança ao lado é o seu filho curado por Jesus. As três cabeças atrás do menino mostram: “e creu tanto ele, comotoda a sua casa” (Jo 19, 28-30). Tem três dedos estendidos, símbolo da Trindade, e os outros dois fechados, simbolizando o mistério das duas naturezas de Jesus Cristo (divina e humana). “Este homem era verdadeiramente o filho de Deus” (Mc 15, 39).

Em tamanho bem menor encontra-se Longinus, soldado romano que feriu o lado de Jesus com uma lança, e Estefânio, que a tradição diz ofereceu a Jesus uma esponja encharcada com vinagre após Ele ter dito “tenho sede” (Jo 19, 28-30).

Na parte de baixo da Cruz Embaixo dos pés de Jesus existem seis santos desconhecidos que estudiosos afirmam ser Damião, Rufino, Miguel, João Batista, Pedro e Paulo, todos patronos de igrejas das vizinhanças de Assis

São Damião era o patrono da igreja que alojou a cruz e São Rufino o patrono de Assis.

Essa parte da pintura está muito danificada e não permite uma adequada identificação.

Há dois grupos de anjos - que animadamente discutem as cenas que se desenrolam diante deles.
“Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16)

Como já foi mencionado, atrás de Cristo está o seu túmulo aberto. Cristo está vivo e venceu a morte

O vermelho do amor supera o negro da morte.

Os gestos de mão indicam fé, a fé dos santos desconhecidos. Seriam Pedro e João junto ao sepulcro vazio? (Jo 20,3-9). Existe um galo também pintado neste ícone. A sua inclusão recorda a negação de Pedro, que depois chorou amargamente.

O galo igualmente proclama novo despertardo Cristo ressuscitado. Ele que é a verdadeira Luz (1 Jo 2,8). O formato tradicional da cruz foi alterado para permitir ao artista a inclusão de todos aqueles que participaram da Paixão de Nosso SenhorJesus Cristo.

À direita da cruz está o ladrão bom, chamado tradicionalmente Dimas; à esquerda está o ladrão mau

quinta-feira, 16 de maio de 2013

A Virgem Maria em Pentecostes




“Tendo entrado no cenáculo, subiram ao quarto de cima onde costumavam permanecer. Eram eles: Pedro e João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelador, e Judas, irmão de Tiago. Todos eles perseveravam unanimemente na oração, juntamente com as mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus, e os irmãos (primos) dele” (At.1,13-14).
 
O Pentecostes cristão acontece em cumprimento à promessa de Jesus, após sua ascensão aos céus, quando enviou o Espírito Santo sobre Maria e os apóstolos.
"Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e repousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem." (At.2, 1-4).
 
A palavra Pentecostes vem da palavra grega “pentekosté” e significa "quinquagésimo", ou seja, representa o 50° dia depois da Páscoa. Nesse tempo, comemora-se a vinda do Espírito Santo e o Nascimento da Igreja Católica. Antes de ser uma celebração cristã, Pentecostes era uma festa judaica, associada ao tempo de colheita, relacionando-se depois ao dia em que Deus entregou as tábuas da Lei a Moisés, no Monte Sinai. O Pentecostes cristão acontece em cumprimento à promessa de Jesus, após sua ascensão aos céus, quando enviou o Espírito Santo sobre Maria e os apóstolos, reunidos no cenáculo, conforme São Lucas narra em Atos dos Apóstolos 1,4-8: 
 
"Descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas 
em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo." (At 1,8)

“E comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem o cumprimento da promessa de seu Pai, que ouvistes, disse Ele, da minha boca; porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui há poucos dias. Assim reunidos, eles o interrogavam: Senhor, é porventura agora que ides instaurar o reino de Israel? Respondeu-lhes ele: Não vos pertence a vós saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou em seu poder, mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo" (At. 1, 4-8).
Nessa ocasião, aconteceu a efusão do Espírito Santo, enchendo os apóstolos dos seus dons e da força que os impulsionou a testemunhar o Cristo ressuscitado no mundo. Essa era a missão dos apóstolos.
 
Como no episódio das Bodas de Caná (Jo 2,1-11), Maria também tem especial importância em Pentecostes. Cabe lembrar que desde a cruz, antes de morrer, Jesus nos deu sua Mãe como nossa mãe na pessoa de São João, e ele a acolheu como Mãe. Na verdade, todos os discípulos já haviam acolhido Maria como mãe, desde a vida pública de Jesus, pois ninguém, senão ela havia participado de toda a vida de seu Filho, desde o momento da concepção até a ressurreição. Entendo que esse fato fez com que fosse “preenchido” o vazio deixado pela ausência física de Jesus após sua ascensão. 

Muitos poderiam pensar: “Maria era repleta do Espírito Santo, Templo da Santíssima Trindade, então por que estaria presente no evento de Pentecostes?”. Para essa pergunta, atrevo-me a responder: em Pentecostes nasce a Igreja e Maria, como esposa do Espírito Santo, configura-se como Mãe do Corpo Místico de Cristo, tornando-a indissoluvelmente unida ao mistério de Cristo, pela Encarnação, e à Igreja. Não existe Igreja sem Maria e Maria sem a Igreja. 
 
Ela também é a Mãe dos apóstolos. Nesse contexto, é fácil perceber que é a presença materna de Maria que auxilia os discípulos a perseverarem na fé e na espera do Espírito Santo Consolador. Por isso, permaneciam unidos em oração, suplicando a Deus a vinda do Paráclito, do Fogo abrasador. Dessa forma, Maria molda maternalmente os apóstolos em irmãos, preparando-os para acolher o Espírito Santo. 
 
"Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto 
mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!" (Lc 11,13)

Com a descida do Espírito Santo no cenáculo, os apóstolos, animados pela Virgem Santíssima, venceram seus temores e, destemidos, proclamavam o Evangelho. Ali era formada a primeira comunidade cristã, com o nascimento da Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo.

Como cristãos batizados somos chamados a refletir sobre Pentecostes, pois “somos todos templo do Espírito Santo”, como diz São Paulo (I Cor 6:19). Lembremos que Jesus afirma:“Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!” (Lc 11,13).

Confiemos na materna intercessão de Nossa Senhora e peçamos ao Pai que nos envie o seu Espírito Santo, e nos encha com seus sete dons. Que nos dê, a cada dia, a coragem de testemunhar o Cristo Vivo e Ressuscitado e de proclamar a sua Palavra.
 
Rita de Sá Freire
da Academia Marial de Aparecida

domingo, 12 de maio de 2013

Alegria: dom do Ressuscitado

"Em verdade, em verdade vos digo: haveis de lamentar e chorar, mas o mundo se há de alegrar. E haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza se há de transformar em alegria." (Jo 16,20)


É essa a Palavra que Nosso Senhor dirige aos seus apóstolos e a nós no Evangelho de João. Nesse contexto em que vivenciamos os 40 dias do tempo pascal, experimentamos o Senhor dirigindo a nós palavras de motivação, que buscam nos reanimar em nossa missão e buscar nos dar uma nova inspiração para que pratiquemos, de fato, o Evangelho de Deus em nossa vocação. Dar o verdadeiro sentido à essa palavra – pratiquemos – nos dá uma nova esperança, uma nova luz, capaz de transformar a nossa tristeza, que muitas vezes é resultado do sofrimento e da perseguição que recebemos do mundo, em uma verdadeira alegria.
Em primeiro lugar é preciso antes entender essa transformação de tristeza em alegria, compreender porque Cristo fala de tristeza. Diz Ele: “haveis de lamentar e chorar (…)E haveis de estar tristes”. Se Jesus falou dessa tristeza, é porque sabia que íamos de fato passar por ela. E ela não é algo meramente passageiro, é uma tristeza que persiste em querer desanimar-nos. Qual é o motivo dessa “grande” tristeza da qual fala o Senhor? Justamente a alegria do mundo em nos ver ‘vencidos’. O que nos deixará triste, quero dizer, é a perseguição que vamos sofrer mediante as idéias que combatemos.


Dificilmente seremos apoiados pelo mundo porque o mundo vive em outra dimensão e nós, cristãos, queremos anunciar a Luz. A missão do cristão torna-se uma batalha muito mais difícil porque ele necessita transformar esse ambiente de guerra num ambiente em que eles possam conviver na PAZ e no BEM
Isso exige uma renúncia e por isso pode vir com ela a tristeza. Só que essa tristeza, por mais difícil que seja, passa, assim como o mundo também passa. O amor de Deus não passa e é por isso que Jesus nos diz: “vossa tristeza se há de transformar em alegria”
A alegria que o cristão sente é de poder ter a esperança de um dia estar junto a Deus.O mundo nem sequer tem essa esperança, por isso vive triste. A tristeza, que as vezes nos invade, logo morre porque não encontra lugar fértil no coração daquele que ama a Deus e tem a esperança como sentido da sua vida. Dessa maneira, seguindo Jesus, não há mais tristeza, só alegria. Agora cultiva-se a esperança que não decepciona, a esperança do amor de Deus, da salvação. Ele é a única fonte dessa alegria. A alegria é um dom que só pode ser dado pelo Ressuscitado.

Portanto, se confiarmos ao Senhor as nossas tristezas chegaremos ao ponto de não questionarmos mais o Senhor: "o porquê disso ou o porque daquilo"? É necessário que nossa confiança esteja somente no Senhor nosso Deus. E assim a nossa alegria será plena e verdadeira e poderemos em Cristo e com Cristo vivenciar e testemunhar nossa vocação que é simplesmente "amar como Jesus amou".


sábado, 11 de maio de 2013

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC) é um momento especial em que todos os cristãos do hemisfério sul, das mais variadas etnias, culturas e congregações, se dedicam a refletir sobre a importância da unidade na diversidade. No Brasil, a semana é uma realização do Movimento Ecumênico Mundial (CMI) em comunhão com o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC). O tema deste ano é “O que Deus exige de nós?”, inspirado em Miquéias 6,6-8.






“Convido todos a rezarem, pedindo com insistência o grande dom da unidade entre todos os discípulos do Senhor. A força inesgotável do Espírito Santo nos estimule a uma compromisso sincero de busca da unidade, para que possam professar todos juntos que Jesus é o Salvador do mundo”, disse o Papa Emérito Bento XVI em 18/01/2013.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

FEIRA VOCACIONAL NA JMJ

Venha participar conosco da Feira Vocacional que acontecerá junto a Jornada Mundial da Juventude. Será um dia muito importante para conhecer mais de perto cada família religiosa.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

ACONTECEU: 2º DESPERTAR FRANCISCANO

Nos dias 03, 04 e 05 de maio aconteceu, na Casa de formação São Francisco de Assis, o 2º Despertar Franciscano. Contamos com a presença de nossos confrades e vocacionados que se fizeram presentes neste importante processo de discernimento vocacional. O tema deste 2º Despertar Franciscano foi o tão conhecido e divulgado lema de São Francisco de Assis: " Senhor, que queres que eu faça?"





A indagação surge de uma profunda inquietação de quem busca um sentido para sua vida. E a pergunta é dirigida Àquele que pode responder bem e significar a vida do jovem Francisco. E nós a quem estamos perguntando sobre o sentido de nossas vidas? É ao Senhor ou ao servo? Será que sabemos quem pode dar sentido pleno a nossa existência?


Estas perguntas querem nos conduzir a verdade de nós mesmos: criados a imagem e semelhança de Deus. E o que isto significa? Que somos seres livres com capacidade para escolher e para amar livremente. Deus nos fez para o amor e para amar verdadeiramente. Um amor que se compromete com o outro, com o mundo e com   Deus. No entanto, onde será que somos chamados por Deus para amar e nos comprometer verdadeiramente? Será que é na vida matrimonial? Na vida sacerdotal? Na Vida laical? Na Vida Religiosa Consagrada Franciscana Conventual?



Neste contexto, o discernimento vocacional é uma busca sincera e reflexiva, necessária,  para a vida de todo ser humano. O Papa Francisco convida a adentrarmos com silêncio e oração neste mistério fecundo que é o chamado de Deus para cada pessoa humana. O convite precisa encontrar um coração que queira acolher e responder com a própria vida que ser feliz é ser humano como Jesus Cristo.





















Frei Leonardo







Palestra com Frei Michel





Passeio no zoológico com Frei Luis



SENHOR, QUE QUERES QUE EU FAÇA?

Coloco-me diante de ti,
com a mesma pergunta 
de Francisco e Clara de Assis.
Como eles, desejo ser simples, alegre,
humilde e irmão de todas as tuas criaturas.
Louvado sejas, meu Senhor, pela vida, pela natureza;
O Senhor irmão sol, a irmã lua e as estrelas,
o irmão vento e a irmã água,
o irmão fogo e nossa irmã e mãe terra.
As plantas e os animais, as aves e os peixes,
as mulheres e os homens,
sinais de tua presença e de Tua bondade imensa.
Quero ser instrumento em tuas mãos
para transmitir a Paz neste mundo cheio de guerra
e semear o Bem onde há tanto ódio.
Ilumina-me Senhor,
para que eu possa escolher o caminho
que apontas para mim.
que eu saiba descobrir qual a minha vocação.
que eu possa realizar em minha vida
a tua Santíssima vontade.
que eu possa seguir o teu Filho, Jesus Cristo, 
nos passos de Clara e Francisco.
Amém!