terça-feira, 27 de agosto de 2013

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

VIDA CONSAGRADA, EM TEMPOS COMPLEXOS. QUAL É A SAIDA?

“O segredo da vida consagrada está na fidelidade e na perseverança”. Esta é a afirmação do presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, dom Pedro Brito Guimarães, na mensagem por ocasião do dia da Vida Religiosa Consagrada (18 de agosto, terceiro domingo do mês vocacional) em todo o Brasil.
A seguir, a íntegra da mensagem:
Brasília-DF, 19 de julho de 2013
MOVC – C – Nº 0418/13
cnbb logo

MENSAGEM  DO PRESIDENTE DA COMISSÃO PARA OS MINISTÉRIOS ORDENADOS E A VIDA CONSGRADA DA CNBB, AOS RELIGIOSOS E ÀS RELIGIOSAS DO BRASIL
 
VIDA CONSAGRADA, EM TEMPOS COMPLEXOS. QUAL É A SAIDA?

Amado, amada de Deus, consagrado, consagrada do Reino, 
Tenho sede!
No clássico da literatura universal, Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, há uma cena em que Alice está perdida e, de repente, vê, no alto da árvore, um gato. Ela olha para ele e diz:
- Alice: "Você pode me ajudar?"
- Gato: "Sim, pois não".
- Alice: "Para onde vai essa estrada?"
- Gato: "Para onde você quer ir?"
- Alice: "Eu não sei, estou perdida".
- Gato: "Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve".
Nesta mesma obra, em outra cena:
- Alice: “Onde fica a saída?"
- Gato: “Depende”.
- Alice: “De quê?”
- Gato: “Depende de para onde você quer ir”.
Querido irmão, querida irmã, não é minha intenção - não tenho este direito -, comparar a Vida Religiosa Consagrada com Alice, com o gato, e nem com o fato de Alice estar perdida. O que gostaria de dizer é que, nas encruzilhadas da vida, “se o homem não sabe aonde quer chegar, qualquer direção parecerá certa” (LaoTsé). E ainda mais: "nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir" (Sêneca). Dizia meu pároco, de saudosa memória: “o que cansa não é a caminhada; é a pressa de chegar ou não querer chegar”.
Creio que muitos de nós já cantamos esta linda canção: “Perdido, confuso, vazio, sozinho na estrada, tentando encontrar um caminho que seja o meu, não importa se é duro, eu quero buscar. Caminheiro, você sabe, não existe caminho. Passo a passo, pouco a pouco e o caminho se faz.Iguais, são todos iguais, ninguém tem coragem sequer de pensar. Será que ninguém é capaz de sentir esta vida e com ela vibrar? Será que não vale a pena arriscar tudo, tudo e a vida encontrar?” (Bendito B. Prado).
Andança, itinerância, mendicância, provisoriedade, missionariedade. Errante, vagante; risco, desânimo, solidão, desafio, perda, crise... Quem ainda não enfrentou tais situações ou vivenciou tais estados de ânimo? Porém, tudo passa! Só Deus basta! Sejamos firmes, fortes e fieis. “Os que confiam no Senhor são como o monte de Sião: nunca se abala, está firme para sempre” (Sl 125,1). Quem assim age pode ser comparado a uma casa construída sobre a rocha. Cai a chuva, vem a tempestade, sopra o vento e a casa não cai, pois está firmemente alicerçada (cf. Mt 7,24). Ele precisa apenas do nosso pedido: “permanece conosco, Senhor” (Lc 24,29).
Diante dos desafios, das dificuldades, dos embates e dos combates que a Vida Consagrada enfrenta hoje, como de resto, a própria Igreja, somos tentados a pensar que ela esteja em mar bravio, com seu barco a deriva, sem timoneiro, sem horizonte, confusa, na noite escura, sem perspectiva de um amanhecer banhado de sol. Quantas vezes nos sentimos perdidos, como Alice no País das Maravilhas, à espera de alguém que nos indique uma direção certa e segura.
No entanto, não nos esqueçamos: somos discípulos e discípulas de Jesus! Em meio às tormentas da vida, jamais podemos nos sentir perdidos como Alice! Cristo é nosso Amigo e nosso Guia, nossa Força e nossa Rocha, nossa Esperança e nossa Alegria e nossa certeza de Vitória. As dificuldades e as perseguições fazem parte de quem se faz discípulo de Cristo. Elas são sinais que purificam o nosso sim a Jesus.
A Vida Religiosa Consagrada é uma caminhada bela e edificante. E, nesta caminhada, haverá de cruzar e atravessar os umbrais do ponto focal, do ponto de partida e do ponto de chegada. A Vida Religiosa Consagrada tem seus segredos, seus encantos e suas paixões. O segredo da vocação à Vida Religiosa Consagrada está no encantamento por Jesus, por sua Igreja e pelo seu povo. Ninguém segue fielmente, por muito tempo, a alguém por quem não tenha encantamento. O segredo da fidelidade na Vida Religiosa Consagrada está no encantamento por Jesus, por sua pessoa, seu evangelho e seu projeto de vida.O segredo do seguimento missionário do consagrado e da consagrada está no encantamento pelo estilo e pelo modelo de vida missionária de Jesus. O segredo da vida espiritual do consagrado e da consagrada está na capacidade de se encantar ou se reencantar cada dia, de começar sempre de novo, e partir, sem olhar para trás. O segredo da Vida Consagrada está na fidelidade e na perseverança. Quem assim não vive, a chama da vocação se apaga e a vida perde o seu sentido e vira fadiga e rotina. Neste estado de ânimo, dificilmente uma vocação se manterá fiel e perseverante à obra e à missão.
O papa Francisco, falando, recentemente, aos seminaristas, aos noviços e às noviças, chamou-nos a atenção para quatro pontos que consideramos fundamentais e inegociáveis para a vida e missão da pessoa consagrada a Deus:
1.    Fujam do perigo da cultura do provisório:"eu não culpo vocês. Reprovo esta cultura do provisório que não nos faz bem, pois, uma escolha definitiva hoje é muito difícil. Na minha época era mais fácil, porque a cultura favorecia uma escolha definitiva tanto para a vida matrimonial, quanto para a vida consagrada ou sacerdotal, mas nesta época não é fácil uma escolha definitiva. Nós somos vítimas desta cultura do provisório".
2.    Sintam-se alegres por serem amados e chamados por Deus:“ao nos chamar, Deus nos diz: “você é importante para mim, eu te quero bem, conto contigo”. Entender isso é o segredo de nossa alegria. Sentir-se amados por Deus, sentir que para Ele não somos números, mas pessoas. Sentir que é Ele quem nos chama. Tornar-se sacerdote, religioso e religiosa não é, antes de tudo, uma escolha nossa, mas a resposta a um chamado e um chamado de amor".
3.    Sigam o caminho do amadurecimento, na paternidade e maternidade pastorais:"vocês, seminaristas e religiosas, consagrem o seu amor a Jesus, um grande amor; o coração é para Jesus. E isso nos leva a fazer o voto de castidade, o voto de celibato. Mas os votos de castidade e do celibato não terminam no momento dos votos, continuam. Quando um sacerdote não é pai de sua comunidade, quando uma religiosa não é mãe de todos aqueles com os quais trabalha, se tornam tristes. Este é o problema. A raiz da tristeza na vida pastoral é a falta de paternidade e maternidade que vem da maneira de viver mal esta consagração, que nos deve levar à fertilidade. Não se pode pensar num sacerdote ou numa religiosa que não são fecundos. Isso não é católico! Esta é a beleza da consagração: é a alegria, a alegria".
4.    Sintam-se chamados a uma Igreja missionária:"Deem sua contribuição em favor de uma Igreja assim: fiel ao caminho que Jesus quer. Não aprendem conosco, que não somos mais jovens; não aprendam conosco aquele esporte que nós, os velhos, muitas vezes fazemos: o esporte da reclamação. Não aprendam conosco o culto da reclamação. É uma deusa que se lamenta sempre. Sejam positivos, cultivem a vida espiritual e, ao mesmo tempo, sejam capazes de encontrar as pessoas, especialmente as desprezadas e desfavorecidas. Não tenham medo de sair e caminhar contracorrente. Sejam contemplativos e missionários...”
Caríssimo e caríssima, independente do que vocês fazem, somente pelo modo de vocês viverem a especial consagração a Deus e aos irmãos e irmãs, mais necessitados, vocês sempre me provocaram admiração, encanto, fascínio, paixão e vontade de imitá-los. Dentre tantos elementos que me fascinam, gostaria de destacar alguns:
1. Nas congregações, nos conventos, nos mosteiros, nas abadias, nas clausuras, nas casas de serviços e de inserções, surgiram os maiores e os mais queridos santos e santas da Igreja católica.
2. Nas universidades e faculdades, nos colégios e nas escolas católicas, vocês formam os maiores e os melhores teológos e teólogas, mestres e doutores que alimentam a vida com o sabor e o saber do evangelho de Jesus Cristo.
3. Vocês vivem os mais ricos e os mais bonitos estados de vida cristã: ativa, apostólica, mística, ascética, monástica, contemplativa. Tudo isso através das duas mãos da evangelização: a diaconia fraterna do serviço (Marta) e a diaconia da oração e da contemplação (Maria).
4. Nos hospitais, nas creches, nos orfanatos, nos pensionatos e nas outras modalidades das redes do amor social, vocês geram ou transformam vidas, mentes e corações, curando feridas, enxugando lágrimas, amenizando dores e cuidando dos sofrimentos de muitos irmãos e irmãs que batem às portas das beneméritas instituições de caridade cristã e de promoção social. Vocês vivem, em primeira pessoa, o que muito bem disse Madre Teresa de Calcutá:“Aqueles que ninguém quer, nós, cristãos, os queremos”.
5. Vocês, na Igreja católica, possuem os melhores e mais bonitos modelos de vida fraterna: tudo em comum, num só coração e numa só alma. A exemplo das primeiras comunidades cristãs, entre vocês ninguém passa necessidade (cf. At 4,32s).
6. Vocês preparam os melhores mestres em espiritualidade, os maiores místicos, missionários e mártires, que derramam seu sangue e dão suas vidas em resgate de muitos, como fez Jesus.
7. Vocês vivem, com corações indivisos, os maiores conselhos evangélicos: a obediência, a pobreza e a castidade.
8. Vocês vivem a forma multifacetária da vida cristã: homem e mulher; vocações laical, missionária, religiosa, especial consagração; papa, bispos, padres, diáconos, irmãos, irmãs, leigos e leigas...
Mas, como disse Jesus, a quem muito é dado, muito será exigido. Vocês estão pagando preço muito alto, por causa das ousadias e das audácias missionária, evangelizadora e apostólica (cf. DAp 273,549, 552). No momento atual vocês estão atravessando mares bravios. Entre estes, destacamos apenas dois que estão na origem dos demais desafios: a diminuição das vocações à Vida Religiosa Consagrada tradicional e o aumento das vocações às novas formas de vida consagrada.
Por fim, caro amigo, cara amiga, aceitem, de bom grado, o convite de Aparecida (551): “levemos nossos navios mar adentro, com o poderoso sopro do Espírito Santo, sem medo das tormentas, seguros de que a Providência de Deus nos proporcionará grandes surpresas”. Amém!

 
“Amo a todos vocês no Cristo Jesus” (1Cor 16,24).
Deus os/as abençoem!  
Brasília, 19 de julho de 2013 
Encerramento da AG da CRB.

Dom Pedro Brito Guimarães,
Arcebispo de Palmas e
Presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

SANTO DO DIA: SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE



Oremos:


Ó Deus, que fizestes de São Maximiliano um apóstolo da Imaculada e mártir da Caridade; concedei-nos a graça de imitá-lo em nossa vida e tê-lo como intercessor em nossas preces. 
Por Cristo, nosso Senhor. Amém!

terça-feira, 13 de agosto de 2013

SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE


Um santo é sempre um dom de Deus para a Igreja e para a humanidade. Maximiliano o é de o modo particularmente eloquente, pelas circunstâncias trágicas de seu martírio. 
Raimundo Kolbe nasceu aos 08 de janeiro de 1894, na Polônia, de família operária, pobre mas profundamente religiosa. Aos 13 anos entrou no seminário dos Franciscanos Conventuais e, emitindo sua profissão religiosa, tomou o nome de Maximiliano Maria.
Nos estudos distinguiu-se de forma genial nas ciências e na matemática. Para os estudos de Filosofia e Teologia foi enviado a Roma, onde doutorou-se nestas disciplinas com ótimas notas. Ainda clérigo estudante, manifestou seu zelo e amor a Maria, fundando o movimento de apostolado mariano "Milícia da Imaculada". Ordenado sacerdote em 1918 voltou para sua pátria, onde foi designado para lecionar no seminário franciscano, em Cracóvia.
Em 1922, mesmo sem recursos financeiros, fundou uma nova revista mensal com o título "Cavaleiro da Imaculada" que poucos anos depois chegava à elevada tiragem de um milhão de exemplares. A esta revista, seguiram outras iniciativas editoriais: "O Pequeno Cavaleiro da Imaculada" para os adolecentes; o "Miles Immmaculatae", revista latina para sacerdotes, e um diário que chamou de "Pequeno Jornal", com 200 mil exemplares. O apostolado da imprensa era o seu carisma. Seu objetivo era conquistar o mundo inteiro a Cristo por meio de Maria Imaculada.


Em 1930, Maximiliano tomou a decisão de abrir uma missão no Japão e lá também se atirou à atividade editorial, com a fundação em Nagasaki da revista "Seibo no Kishi" - Cavaleiro da Imaculada. Apesar do restrito meio católico, a revista alcançou a tiragem de 50 mil exemplares.
Sua permanência no Japão foi curta. Em 1936, os superiores exigiram sua presença na Polônia, para que tomasse a direção do grande convento franciscano de Niepokalanow, que chegou a abrigar 600 religiosos. A obediência de ter que deixar suas iniciativas apostólicas no Japão foi dura. Ele sonhava passar mais tarde para a Índia e depois pelos países árabes e fundar revistas e jornais que propagassem a devoção à Imaculada, como instrumento de penetração do Reino de Deus.
Nos anos 1936 - 1940, início da Segunda Guerra Mundial, Maximiliano redobrou seu zelo no apostolado da imprensa, enquanto cuidava da direção e da formação de mais de duzentos jovens frades. 
Ao alvorecer de setembro de 1939, as tropas nazistas tomaram de traição a Polônia, destruindo a heroica resistência e incendiando tudo. Frei Maximiliano foi preso duas vezes. A prisão definitiva deu-se no dia 17 de fevereiro de 1941. Quando o chefe militar viu frei Maximiliano vestido de hábito religioso, ficou furioso. Agarrou o crucifixo do frade e, puxando-o, gritou: "E tu acreditas nisso?" "Creio, sim!" Uma tremenda bofetada seguiu a resposta de frei Kolbe. Três vezes se repetiu-se a pergunta. Três vezes Maximiliano confessou a fé. Três vezes levou a bofetada.
Ao fim de maio de 1941, Frei Maximiliano foi transferido de Varsóvia para o campo de extermínio de Auschwitz, perto de Cracóvia. Era um campo de horrores. Basta dizer que lá foram mortos, depois de incríveis sofrimentos, quatro milhões de seres humanos confirmados hoje. Os judeus e os padres eram os mais perseguidos.
Depois de três meses de sofrimento, deu-se naquele campo a fuga de um prisioneiro. Em represália, dez prisioneiros inocentes deviam ser condenados à morte de fome. Um dos sorteados chorou: "Pobre de minha mulher, pobres de meus filhos..." Naquele instante, saiu da fila o prisioneiro nº 16.670, pedindo ao comandante o favor de poder substituir aquele pai de família. 
"Quem es tú?" berrou o comandante. "Sou um padre (frade) Católico", respondeu frei Maximiliano. "Aceito", disse o comandante depois de breve pausa. O recém condenado, Francisco Gajowniczek, voltou à fila: Maximiliano tomou seu lugar. Todos os dez, despidos, foram empurrados numa pequena úmida e totalmente escura cela dos subterrâneos, para morrer de fome.
Depois de duas semanas, sobreviveram somente três com frei Maximiliano Maria Kolbe.
Para desocupar o lugar, foram mortos com uma injeção venenosa. Até aquele instante Maximiliano, esquecido de si, consolava seus colegas, suavizando-lhes as penas. 
Francisco Gajowniczek sobreviveu. No dia 10 de outubro de 1982, estava presente à Solene Canonização de Frei Maximiliano, dando testemunho mais uma vez do heroísmo de seu "salvador", este Frade Conventual.
O corpo de Maximiliano foi cremado e suas cinzas atiradas ao vento. Numa carta, quase prevendo seu fim, Frei Maximiliano escrevia: "Eu queria ser reduzido a pó pela Imaculada e espalhado pelo vento do mundo!" Assim se deu! Aquelas cinzas foram levadas pelo vento do Espírito ao mundo, suscitando fecundos germes de vida e de renascimento. Verdadeiro mártir da caridade, do amor que salva e dá vida.
"Toda a vida de Maximiliano está marcada pelo encanto de duas coroas: a coroa branca da inocência e a coroa vermelha do martírio. O branco e o vermelho, cores da bandeira polonesa, símbolos da Imaculada e do Espírito Santo, da pureza e do amor, são as cores dessa vida exemplar, a bandeira da humildade mais autêntica e mais fraterna", assim comenta Luciano Marini no L'Osservatore Romano do dia 10 de outubro de 1982.



JOVEM, siga Jesus Cristo como São Francisco de Assis e São Maximiliano Maria Kolbe, vivendo para a IGREJA E O MUNDO com base no Evangelho.

Quer tentar?


segunda-feira, 12 de agosto de 2013




Oração pela família


Senhor Jesus Cristo, 
vivendo em família com Maria, tua Mãe, 
e com São José, teu pai adotivo, 
santificaste a família humana. 
Vive também connosco, em nosso lar, 
e assim formaremos uma pequena Igreja, 
pela vida de fé e oração, 
amor ao Pai e aos irmãos, 
união no trabalho, 
respeito pela santidade do matrimônio 
e esperança viva na vida eterna. 


Tua vida divina, 
alimentada nos sacramentos, 
especialmente na Eucaristia 
e na tua palavra, 
nos anime a fazer o bem a todos, 
de modo particular 
aos pobres e necessitados. 
Em profunda comunhão de vida 
nos amemos na verdade, 
perdoando-nos quando necessário, 
por um amor generoso, 
sincero e constante. 


Afasta dos nossos lares, 
Senhor Jesus, 
o pecado da infidelidade, 
do divórcio, 
do aborto, 
do egoísmo, 
da desunião 
e toda influência do mal 
e do demônio. 


Desperta em nossas famílias 
vocações para o serviço 
e ministério dos irmãos, 
em especial, 
vocações sacerdotais e religiosas. 
Que os nossos jovens, 
conscientes e responsáveis, 
se preparem dignamente 
para o santo matrimônio. 
Senhor Jesus Cristo, dá, enfim, 
às nossas famílias,
coragem nas lutas, 
conformidade nos sofrimentos, 
alegria na caminhada 
para a casa do Pai. Amém!

sábado, 10 de agosto de 2013

Festa de Santa Clara de Assis


SANTA CLARA, nascida em Assis, na Itália, nos últimos anos do século XII, foi conquistada para Cristo, pela pregação de São Francisco. Juntamente com ele, fundou, aos 28 de março de 1212, a ORDEM DAS IRMÃS POBRES, denominada em 1263 – 10 anos após sua morte – por bula do Papa Urbano IV, ORDEM DE SANTA CLARA OU POBRES CLARISSAS.

Sua Regra é “VIVER O EVANGELHO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO”. Considerando que há outras riquezas além das convencionalmente nomeadas e que não se pode chegar ao amor de Cristo sem o despojamento de tudo aquilo que O esconde aos nossos olhos, SANTA CLARA quer para suas filhas, principalmente a pobreza, característica de sua Ordem. A Clarissa, ao professar, deve renunciar a todos os seus bens, para viver somente do seu trabalho e de donativos espontâneos, confiando totalmente no Pai. SANTA CLARA instituiu para suas filhas, uma vida litúrgica intensa, prescrevendo-lhes a salmodia do Ofício Divino, transformando-as, dia e noite, diante de Deus, na voz perpétua daqueles que “não podem, não sabem ou não querem rezar”.
Seu amor pelo Cristo na Eucaristia levou-a a passar longas horas diante do Tabernáculo e a ocupar-se na confecção de toalhas para os Altares das Igrejas pobres. Com suas orações, CLARA obteve, por duas vezes, do Cristo Eucarístico, a graça de que o seu convento de Assis, ameaçado pelas hordas sarracenas, fosse miraculosamente libertado. A seu exemplo, as Clarissas cultivam a devoção Eucarística, revezando-se em adoração ao Santíssimo Sacramento, exposto, diariamente em seus Mosteiros, ao menos em determinadas horas. Ela somente separa do mundo as suas filhas, pela clausura, para conservar o seu pensamento centralizado nas necessidades espirituais da humanidade. Preocupadas com a salvação de seus irmãos, as Clarissas aspiram ganhá-los todos para Cristo. O Mosteiro é muito procurado por pessoas de todas as condições e idade que vêm se recomendar às orações das monjas, ou procurar uma palavra de orientação e conforto em seus problemas.

No seu tempo, atormentado como o nosso pelas guerras e pelo amor às riquezas, SANTA CLARA DE ASSIS foi a encarnação da paz e da alegria, frutos do desapego de tudo o que é passageiro. Antes de sua morte, aos 11 de agosto de 1253, já havia 100 Mosteiros de sua Ordem, em nove países da Europa. Suas filhas, em número de 21.000 aproximadamente, continuam a sua missão silenciosa e escondida nos 1.000 Mosteiros espalhados pelos cinco Continentes do mundo.
Além de muitas Irmãs, cuja fama da santidade percorre o mundo, a ORDEM DE SANTA CLARA conta com 25 Bem-aventuradas oficialmente reconhecidas pela Igreja e 9 Santas. São elas: a grande Fundadora, SANTA CLARA, Santa Inês de Assis (Irmã de SANTA CLARA), Santa Coleta, Santa Inês de Praga (Padroeira da Tchecoslováquia), Santa Catarina de Bolonha, Santa Verônica Giuliani, Santa Eustóquia Esmeralda, Santa Camila Batista e Santa Cunegundes, canonizada recentemente pelo nosso Santo Padre João Paulo II.

As Clarissas foram as primeiras religiosas a se estabelecerem no Brasil, solicitadas pela Câmara, nobreza e povo da Bahia. Aos 9 de maio de 1677 chegaram de Évora (Portugal) as 4 monjas fundadoras do Imperial Mosteiro de Santa Clara do Desterro. Com o deplorável aviso do Ministério da Justiça de 19 de maio de 1855, que fechou em todo o território nacional os noviciados das casas religiosas, a comunidade foi-se extinguindo. Aos 6 de março de 1915 falecia a última Clarissa do Desterro, com 84 anos de idade. Por 13 anos no Brasil não havia nenhum Mosteiro Clariano, até que em 1928, com a chegada ao Rio de Janeiro de 8 filhas de SANTA CLARA, procedentes do Mosteiro de Düsseldorf (Alemanha), refloresceu o velho tronco. A vitalidade da Ordem se afirma hoje, em nossa Pátria, através dos 20 Mosteiros, localizados em diversos pontos do país. Em todos os Mosteiros, em média, as comunidades se dedicam 7 a 8 horas à oração. Todos os Mosteiros se mantém pelo seu próprio trabalho e por esmolas dadas espontaneamente. Confecção de hóstias, paramentos, círios pascais, velas, imagens, cartões, artesanato, etc.

Para encerrar, vêm a propósito as paternais e comoventes palavras do nosso querido Pontífice João Paulo II às Clarissas do Protomonastero di SANTA CHIARA, quando da sua visita à Assis:

“Convido-as a rezar e é meu desejo que repitam em nossa época o milagre de São Francisco e de SANTA CLARA. Porque a moça, a jovem, a mulher contemporânea deve se encontrar neste esplêndido carisma; certamente escondido, realmente privado de exterioridades aparentes, mas quão profundo, quão feminino! Uma verdadeira esposa! Capaz de amor pleno e irrevogável para com um esposo invisível. É verdade que é invisível, mas, como é visível! Entre todos os esposos possíveis do mundo, é certo que Cristo é o Esposo mais visível de todos os visíveis; é sempre visível, mas permanece invisível e visível na alma consagrada a Deus. Não sabeis vós, escondidas, desconhecidas, quanto sois importantes para a vida da Igreja: quantos problemas, quantas coisas dependem de vós. É necessário a redescoberta daquele carisma, daquela vocação. Faz-se mister a redescoberta da legenda divina de Francisco e CLARA.”


Bênção de Santa Clara

O senhor Todo-Poderoso vos abençoe; 
volte para vós os Seus olhos misericordiosos,
e vos dê a Sua paz! Amém.

Derrame sobre vós as Suas graças em abundância,
e no céu vos coloque entre os Seus santos! Amém.

Que o Senhor esteja sempre convosco,
e que vós estejais sempre com Ele! Amém.

VÍDEO: SANTA CLARA DE ASSIS


terça-feira, 6 de agosto de 2013

Íntegra da mensagem do Papa aos jovens na Vigília

“Queridos jovens,

Acabamos recordar a história de São Francisco de Assis. Diante do Crucifixo, ele escuta a voz de Jesus que lhe diz: ‘Francisco, vai e repara a minha casa’. E o jovem Francisco responde, com prontidão e generosidade, a esta chamada do Senhor: ‘Repara a minha casa. Mas qual casa?’ Aos poucos, ele percebe que não se tratava fazer de pedreiro para reparar um edifício feito de pedras, mas de dar a sua contribuição para a vida da Igreja; tratava-se de colocar-se ao serviço da Igreja, amando-a e trabalhando para que transparecesse nela sempre mais a Face de Cristo.


Também hoje o Senhor continua precisando de vocês, jovens, para a sua Igreja. Queridos jovens, o senhor precisa de vocês. Também hoje ele chama a cada um de vocês para segui-lo na sua Igreja, para serem missionários. Queridos jovens, o Senhor hoje nos chama. Não a todos e sim a cada um de vocês, individualmente. Escutem essa palavra nos seus corações, que fala a vocês.

Acredito que podemos aprender algo com o que aconteceu nos últimos dias. Tivemos que cancelar o evento em Guaratiba. Será que o Senhor não quer nos dizer que o verdadeiro campo da fé, não é um lugar geográfico, mas sim nós mesmos? Sim. É verdade, cada um de nós e de vocês. Eu e vocês todos aqui, somos discípulos missionários. O que quer dizer isso? Que nós somos o campo da fé de Deus.


Partindo do campo da fé, pensei em três imagens que podem nos ajudar a entender melhor o que significa ser um discípulo missionário: a primeira, o campo como lugar onde se semeia; a segunda, o campo como lugar de treinamento; e a terceira, o campo como canteiro de obras.

Primeiro: o campo como lugar onde se semeia. Todos conhecemos a parábola de Jesus sobre um semeador que saiu pelo campo. Algumas sementes caem à beira do caminho, em meio às pedras, no meio de espinhos e não conseguem se desenvolver; mas outras caem em terra boa e dão muito fruto (cf. Mt 13,1-9). O próprio Jesus explicou o sentido da parábola: a semente é a Palavra de Deus que é semeada nos nossos corações (cf. Mt 13,18-23). Hoje, de modo especial, Jesus está semeando, tornando-nos o campo da fé. Deus faz tudo, mas vocês têm que permitir que Ele trabalhe nesse crescimento. Jesus nos diz que as sementes, que caíram à beira do caminho, em meio às pedras e em meio aos espinhos não deram fruto. Qual terreno somos ou queremos ser? Escutamos o Senhor, mas na vida não muda nada, pois nos deixamos tumultuar por tantos apelos superficiais? E eu lhes pergunto: ‘sou um jovem atordoado ou um jovem com pedras no terreno? Terei eu o costume de jogar dos dois lados, ficar de bem com Deus e com o Diabo? Receber as sementes de Deus e manter os espinhos? Acolher Jesus com entusiasmo, mas ser inconstantes e diante das dificuldades não ter a coragem de ir contra a corrente; ou somos como o terreno com os espinhos?


Mas, hoje, tenho a certeza que a semente está caindo numa terra boa, ouvimos esses testemunhos. A pessoa diz que não é terra boa: ‘sou cheio de espinhos, Santo Padre’. Mas mantenham sempre um pedacinho de terra boa. Eu sei que vocês querem ser terra boa. O cristão quer ser isso, um cristão de verdade, não cristãos de fachada, mas sim autênticos. Sei que querem ser cristãos autênticos. Tenho a certeza que vocês não querem viver na ilusão de uma liberdade que se deixe arrastar pelas modas e as conveniências do momento.

Sei que vocês apostam em algo grande, em escolhas definitivas que deem pleno sentido para a vida. É assim ou estou errado? Se é assim, façamos o seguinte. Todos em silêncio, olhando para dentro e cada um fale com Jesus que quer receber a semente. Olhe: ‘Jesus, tenho pedras, tenho espinhos, mas tenho esse canto de boa terra’. Semeie. E em silêncio, permitem que Jesus plantem sua semente em boa terra. Cada um sabe o nome da semente que foi plantada agora. E Deus vai cuidar dela.

Segundo: o campo como lugar de treinamento. Jesus nos pede que o sigamos por toda a vida, pede que sejamos seus discípulos, que ‘joguemos no seu time’. Acho que a maioria de vocês ama os esportes. E aqui no Brasil, como em outros países, o futebol é uma paixão nacional. Sim ou não? Pois bem, o que faz um jogador quando é convocado para jogar em um time? Deve treinar, e muito! Também é assim na nossa vida de discípulos do Senhor. São Paulo nos diz: ‘Todo atleta se privam de tudo. Eles assim procedem, para conseguirem uma coroa corruptível. Quanto a nós, buscamos uma coroa incorruptível!’ (1Co 9, 25). Jesus nos oferece algo muito superior que a Copa do Mundo! Algo maior que a Copa do Mundo!

Oferece-nos a possibilidade de uma vida fecunda e feliz e nos oferece também um futuro com Ele que não terá fim: a vida eterna. É o que Jesus oferece. Mas ele nos cobra um ingresso. Jesus pede que treinemos para estar ‘em forma’, para enfrentar, sem medo, todas as situações da vida, dando testemunhos de fé. Como? Através do diálogo com Ele: a oração, que é diálogo diário com Deus que sempre nos escuta.

Agora vou perguntar. ‘Eu rezo? Eu falo com Jesus ou tenho medo do silêncio?’ Deixe que o Espírito Santo fale aos seus corações. Pergunte a Jesus: ‘O que quer que eu faça? O que quer da minha vida?’ Isso é treinar. Conversem com Jesus. E se cometerem um erro, um deslize, não temam. ‘Jesus, olha o que eu fiz, o que faço agora?’ Mas sempre fale com Jesus, nos bons e maus momentos, não tema. Assim vai se treinando o diáologo com Jesus. E também através dos sacramentos; através do amor fraterno, do saber escutar, do compreender, do perdoar, do acolher, do ajudar os demais, qualquer pessoa sem excluir nem marginalizar ninguém. Esses são os treinamentos: a oração, os sacramentos e o serviço ao próximo. Vamos repetir: oração, sacramentos e ajuda aos demais.

Terceiro: o campo como canteiro de obras. Como vemos aqui, como tudo isso foi construído. Os jovens caminharam e construíram juntos. Quando o nosso coração é uma terra boa que acolhe a Palavra de Deus, quando se ‘sua a camisa’ procurando viver como cristãos, nós experimentamos algo maravilhoso: nunca estamos sozinhos, fazemos parte de uma família de irmãos que percorrem o mesmo caminho; somos parte da Igreja, mais ainda, tornamo-nos construtores da Igreja e protagonistas da história. Fizeram assim como São Francisco: construir e reparar a Igreja.

Querem construir a Igreja? Estão animados? E amanhã vão se esquecer que disseram ‘sim’? Todos somos parte da Igreja. Nos transformamos em construtores da Igreja e protagonistas da História. Sejam protagonistas, não fiquem na fila da História. Joguem sempre na linha de frente, no ataque! São Pedro nos diz que somos pedras vivas que formam um edifício espiritual (cf. 1Pe 2,5). E, olhando para este palco, vemos que ele tem a forma de uma igreja, construída com pedras, com tijolos. Na Igreja de Jesus, nós somos as pedras vivas, e Jesus nos pede que construamos a sua Igreja; cada um de nós somos uma pedrinha da construção. Se faltar essa pedrinha, quando chover, vai alagar tudo. E devemos construir uma grande Igreja. Não construir uma capelinha, onde cabe somente um grupinho de pessoas. Jesus nos pede que a sua Igreja viva seja tão grande que possa acolher toda a humanidade, que seja casa para todos! Ele diz a mim, a você, a cada um: ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’! Nesta noite, respondamos-lhe: Sim, também eu quero ser uma pedra viva; juntos queremos edificar a Igreja de Jesus!

Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo! Repitam isso. Agora é com vocês. ‘Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo’. Quero que pensem nisso. No coração jovem de vocês, existe o desejo de construir um mundo melhor. Acompanhei atentamente as notícias a respeito de muitos jovens que, em tantas partes do mundo, saíram pelas ruas para expressar o desejo de uma civilização mais justa e fraterna. Os jovens nas ruas querem ser protagonistas da mudança. Não deixam que outros sejam protagonistas, sejam vocês. Vocês têm o futuro nas mãos. Por vocês, é que o futuro chegará. Peço que vocês também sejam protagonistas, superando a apatia e oferecendo uma resposta cristã às questões políticas que se colocam em diversas questões do mundo. Envolvam-se num mundo melhor. Não sejam covardes, metam-se, saiam para a vida. Jesus não ficou preso dentro de um casulo. Saiam às ruas como fez Jesus.

Mas, fica a pergunta: por onde começar? A quem vamos pedir que se comece isso ou aquilo? Quando perguntaram a Madre Teresa de Calcutá o que devia mudar na Igreja, por onde começaríamos a mudar, e ela respondeu: você e eu! Ela tinha muita garra e sabia por onde começar. Repito as palavras de Madre Teresa: começamos por mim e por você. Faça essa mesma pergunta: se tenho que começar por mim mesmo, por onde devo começar? Abra seus corações para que Jesus lhes fale.

Queridos amigos, não se esqueçam: vocês são o campo da fé! Vocês são os atletas de Cristo! Vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor. Elevemos o olhar para Nossa Senhora. Ela nos ajuda a seguir Jesus, nos dá o exemplo com o seu ‘sim’ a Deus: ‘Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra’ (Lc1,38). Também nós o dizemos a Deus, juntos com Maria: faça-se em mim segundo a Tua palavra.

Assim seja!”

sábado, 3 de agosto de 2013

DIA DO SACERDOTE

PADRE, PRESENÇA DO DEUS QUE AMA

"Com amor eterno eu te amei" 
(Jr 31, 3)

Ordenação Sacerdotal de Frei Ilson


Cada vocação é um gesto do Deus-Amor. É colocar a pessoa humana mais perto do coração divino. O padre faz parte dos amigos de Cristo: "Não vos chamei servos, mais amigos" (Jo 15,15). Por isso o padre deve ser um amigo e uma presença permanente do Deus que nos ama e nos quer bem. 
Quando o padre batiza: é Deus que faz alguém entrar em sua família, dando-lhe a graça de ser seu Filho adotivo. Quando o padre celebra a Eucaristia: é Deus que se torna alimento e amigo de caminhada. Quando o Padre perdoa: é ali que mais se manifesta o Deus rico em misericórdia. Cada ato sacramental do padre torna presente um Deus que ama.

O Padre deve fazer cada pessoa sentir que Deus é amor, um amor que se doa, que se manifesta, que cria felicidade. Ser Padre é fazer perceber Deus perto da gente, "um Deus conosco", um Deus que comunica sua Palavra, um Deus que entra em nossa história, um Deus que se faz semelhante em nós em JESUS CRISTO, "imagem visível do Deus invisível" (Cl 1, 15). 
A história do amor de Deus se realiza de modo particular na ação do sacerdote, ministro do Senhor. Por isso, é preciso sentir-se responsável pela formação de mais padres para a Igreja de Jesus Cristo. Só com um número abundantes de padres, os gestos do Deus-Amor chegarão a cada coração e a cada necessidade. Sinta-se você também responsável pela formação de maior número de padres.
Não espere por um padre! Forme padres! Assim estará colaborando para que o Reino de Deus se estabeleça no meio da humanidade para torná-la mais feliz.

COLABORE COM AS VOCAÇÕES: REZE PELAS VOCAÇÕES!
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Jovem!


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

"O Perdão de Assis" ou "Indulgência da Porciúncula"



A pouca distância de Assis, antiqüíssima cidade da Úmbria, foi edificada em 352 uma pequena capela de quatro piedosos eremitas vindos da Palestina e foi dedicada à Virgem Santíssima. No século VI, esta capela foi dada aos Monges Beneditinos do Monte Subásio, os quais, ampliaram e embelezaram-na. Ali, com as 'porções de terras' que tinham, veio o nome Porciúncula, ou seja, "porçãozinha" ou "pequena porção" [de terras]. Em seguida pois, pela freqüente aparição dos Anjos, foi chamada de Santa Maria dos Anjos.
O Seráfico Pai São Francisco de Assis, quando tomou a sua vida santa, vendo o quanto abandonada e decaída aquela capela, reparou-a pela fervente devoção que tinha pela Mãe de Deus, da qual lhe foi revelado que aquela igrejinha lhe era querida, de modo especial entre todos aqueles consagrados em seu Nome. Em seguida, São Francisco ganhou-a do Abade Teobaldo, monge beneditino, e ali se retirou comos seus companheiros, quando foi forçado a abandonar o Tugúrio de Rivotorto.


Numa noite de inverno do ano de 1216, enquanto o Homem Seráfico, aceso de zelo ardentíssimo, pensava sobre a conversão e a salvação dos pecadores, uma luz suave o circundou e um Anjo o convidou para a Capela, onde o esperavam Nosso Senhor, a sua Santíssima Mãe e muitíssimos Anjos. Francisco se prostrou na capela e adorou a Jesus e venerou a Virgem Santíssima e os Anjos. Enquanto ele se humilhava assim na vildade do seu nada, Jesus lhe deu a coragem de pedir a graça que lhe agradava. E São Francisco então, como novo Moisés, não pensou em si, mas em todas as almas e respondeu: "Senhor, peço que todos aqueles que, arrependidos e confessados, entrando nesta igrejinha, tenham o perdão de todos os seus pecados e a completa remissão das penas devidas às suas culpas". E Jesus a ele: "Grande é a graça que me pedes, ó Francisco; todavia, concedo-lha a ti, se minha Mãe me pedir". Francisco então pediu a mediação da Virgem Maria, a qual com sua súplica, seu Divino Filho concedeu a graça. Porém, quis que apresentasse ao seu Vigário, o Sumo Pontífice, para obter a sua confirmação.
Dito isto, cessou a visão e Francisco imediatamente foi ao Papa Honório III e ele, depois de várias dificuldades, lhe confirmou a graça, limitando-a, porém, a um dia somente, por todos os anos e fixando para esta o dia 2 de agosto, a começar das Vésperas da Vigília.


No dia 2 de agosto do mesmo ano de 1216, o Seráfico Pai, na presença dos Bispos de Assis, Perúgia, Todi, Espoleto, Nocera, Gúbio e Folinho, que foram convidados para a consagração da igrejinha da Porciúncula, diante de uma multidão extraordinária de fiéis, promulgou a grande indulgência que ele tinha obtido e assim foi aberto a todos os homens perpetuamente o incomparável tesouro do Perdão de Assis.
Depois, com a Bula do dia 4 de julho de 1622, o Papa Gregório XV estendeu esta grande indulgência a todas as Igrejas da Ordem Franciscana e prescreveu que, além da confissão, era necessária a comunhão e a oração pelo Sumo Pontífice. Em 12 de janeiro de 1678, o Papa Inocêncio XI declarou que a dita indulgência estava aplicada também às almas do Purgatório.
Esta indulgência tornou-se célebre pela sua origem toda extraordinária e pela circunstância singularíssima que esta pode ser lucrada toties quoties, isto é, tantas vezes quanto se visita a igreja que goza de tal favor e nas quais se cumprem as prescrições requeridas. A respeito deste propósito, surgiram, é verdade, dúvidas, mas a Santa Sé interveio várias vezes e autoritativamente tirou toda dúvida, declarando e confirmando que ao Perdão de Assis estava anexo este privilégio toties quoties.


Hoje a "Porciúncula" fica dentro da imponente Basílica

Para render mais facilmente aos fiéis a aquisição de tão grande benefício, o Sumo Pontífice Pio X condedeu, para a comodidade dos fiéis que o Perdão de Assis pudesse ser obtido também nas igrejas ou oratórios que, na aplicação do privilégio com o consenso do Bispo e que o Perdão de Assis pudesser ser transferido do dia 2 de agosto para o Domingo seguinte. O Papa Bento XV, em 16 de abril de 1921, com o um solene documento estendeu esta indulgência do Perdão de Assis a todos os dias do ano, in perpetuo, mas somente na Basílica de Santa Maria dos Anjos, em Assis. E assim o desejo expresso por São Francisco a Nosso Senhor vem com um tal ato completamente exaudito. Ainda hoje em todas as Igrejas do orbe, a indulgência é aplicada neste dia.