terça-feira, 23 de julho de 2013

FRANCISTUBE - FAMÍLIA FRANCISCANA DO BRASIL

A ALEGRIA DE SER FRANCISCANO. ESTE VÍDEO MOSTRA UM POUCO DESSA ALEGRIA QUE FAZ PARTE DO SER FRANCISCANO, QUE SE FAZ PRESENTE EM TODOS OS FRADES E FREIRAS ESPALHADOS PELO MUNDO.


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Rumo a JMJ


15 de Julho: SÃO BOAVENTURA, Doutor Seráfico.

Em 1221, em Bagnoregio, cidade da Toscana que pertencia então aos Estados Pontifícios nasce João Fidanza. Aos quatro anos de idade, caindo gravemente enfermo, sua mãe, Rebela, levou a São Francisco de Assis, implorando sua intercessão. O Poverello tomou o menino nos braços e o abençoou. Tendo-o curado milagrosamente, devolveu-o à mãe, dizendo: "Ó buona ventura". Assim passou a ser chamado, não obstante ter sido João seu nome de batismo. A mãe, em reconhecimento, consagrou-o a Deus pelo voto de fazê-lo ingressar na Ordem Franciscana.

Aos 21 anos ingressou na Ordem Franciscana. Dois anos depois foi enviado à Universidade de Paris, para completar seus estudos sob a orientação do grande mestre Alexandre de Hales.
Boaventura seguiu os cursos deste eminente professor e, admirando, absorvendo com entusiasmo a sua doutrina, foi por ele também notado e admirado. Ao moço distinguiam já a agudeza da inteligência, a modéstia do porte, a serenidade da alma, assim como a pureza da vida e o fervor da devoção que não eram dotes usuais dos estudantes daquela ou de qualquer outro tempo.
Em 1257, com apenas 36 anos de idade, foi eleito Mestre Geral da Ordem de São Francisco, que contava mais de 20 mil membros, em cerca de mil conventos por toda Europa. Ocupou este cargo importante durante 17 anos.
Em 1272 é nomeado Cardeal e bispo de Albano por Gregório X. 

Quando São Boaventura recebeu o chapéu cardinalício estava lavando louça e num gesto de humildade pediu que o deixasse sobre a mesa.



No dia 15 de julho de 1274, acometido por súbita moléstia a que seu organismo, esgotado pelo afanoso trabalho a que se entregara, não pode resistir, vindo a falecer com 53 anos de idade e 30 de profissão franciscana. Morreu durante o Concílio de Lião em 1274. No qual a ata oficial do Concílio assim se expressou: "Nesta manhã morreu o irmão Boaventura de famosa memória, homem de notável santidade, bondade, homem piedoso, afável, misericordioso, e repleto de virtudes e amor ao Deus e ao homem... Deus deu a ele a graça de que todas as pessoas que com ele convivesse, o respeitava e o amava".
São Francisco foi a grande fonte de inspiração, tanto para o pensamento como para a vida de Boaventura, cuja obra é uma tentativa de reflexão teológico mística sobre as intuições geniais que fizeram do Poverello, homem simples e pouco afeito às letras, a mais eminente personalidade da Idade Média.
Foi canonizado em 1482 e declarado Doutor da Igreja, em 1588, com o título de Doutor Seráfico.



São Boaventura soube aspirar com sua vida o carisma franciscano e testemunhar através de seus escritos a grandiosidade de uma vida doada a Deus. Em São Francisco de Assis, Boaventura encontra o exemplo de simplicidade e humildade. É neste espírito que são escritos todas as suas obras. O exemplo deste fato é a conversa de São Boaventura com o frei de nome Egídio: "Frei Egídio propôs o seguinte problema a São Boaventura: quando se pensa nas luzes que os doutores de tua categoria recebe do céu, como pretender que os ignorantes como eu venham a conseguir a salvação? O essencial para a salvação respondeu o Doutor Seráfico - é amar a Deus. Apesar disso - insistiu Frei Egídio - poderá o inculto amar a Deus tanto como um sábio? E São Boaventura confirmou: não só O pode amar tanto, mas ultrapassar nesse amor até mesmo os maiores teólogos."
São Boaventura traz uma solução ao problema do saber na Ordem Franciscana. O estudo é justificado se conduz ao espírito da devoção e santa oração como ensinara São Francisco de Assis. 

São Boaventura recebe a comunhão das mãos de um anjo
São Boaventura em oração

É com alegria que a Ordem Franciscana festeja o dia de São Boaventura. Para que a seu exemplo possamos ter o espírito da santa humildade e simplicidade pelo qual percorreu nosso pai São Francisco. E que nossa única meta seja o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo. Que nossa vida seja a exemplo de Jesus Cristo voltada para Deus.



São Boaventura, rogai por nós!

Vídeo sobre São Boaventura:




fonte: Site Catolicismo.com.br
          Obras Escolhidas de São Boaventura







domingo, 14 de julho de 2013

SÃO BOAVENTURA E A PALAVRA DE DEUS

São Boaventura reconhece na Sagrada Escritura a fonte de toda a felicidade e a possibilidade de todos os nossos desejos se realizarem. São Palavras de Vida Eterna capazes de transformar o coração do homem, muitas vezes  cheio de dor, amargura e ressentimento, num coração habitado pela luz divina. 
Aquele que crê para São Boaventura faz a experiência de que a palavra de Deus pode frutificar em seus corações pela fé em Cristo.
São Boaventura deixou-nos no prólogo ao Brevilóquio uma forma de lermos a Sagrada Escritura e como interpretá-la. Ao iniciar o prólogo, o Santo demonstra sua reverência e piedade diante da palavra do Senhor: "Dobro os meus joelhos diante do Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a paternidade que está nos céus e na terra toma o nome, para que, segundo as riquezas de sua glória, vos conceda que sejais corroborados e virtudes, segundo o homem interior, pelo seu Espírito, e que Cristo habite pela fé nos vossos corações, de sorte que, arraigados e fundados na caridade, possais compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade; e conhecer também aquele amor de Cristo, que excede toda a ciência, a fim de que sejais cheios de toda a plenitude de Deus." (Ef 3, 14-19)
Para São Boaventura a Sagrada Escritura não está na investigação humana, mas na revelação divina que ilumina todo aquele que se aproxima com fé. É pela fé em Cristo que somos capazes de penetrar e conhecer, como luzeiro, a Escritura. Esta fé torna-se fundamental para compreender todo o mistério de um Deus que se revela ao ser humano. 
Nesta compreensão o coração humano faz uma experiência de um Deus que o interpela e o convoca a uma vida comprometida e feliz. "E quando isso estiver realizado, conheceremos então a caridade que sobrepuja todo o saber e assim estaremos cheios da plenitude de Deus." (Brevilóquio IV)
Assim, para São Boaventura a Palavra não é somente para que creiamos, mas que, pelo comprometimento a Ela, possuamos a vida eterna. É um crer que compromete a vida e a torna plena. 
Por isso, "o fruto da Sagrada Escritura não é um fruto qualquer, mas a plenitude da felicidade eterna. De fato, a Sagrada Escritura é precisamente o Livro no qual estão escritas palavras de vida eterna, porque não só acreditamos mas também possuímos a vida eterna, em que veremos, amaremos, e serão realizados todos os nossos desejos." (Brevilóquio IV)