sexta-feira, 31 de agosto de 2012

AGOSTO: MÊS VOCACIONAL - ENCERRAMENTO DA REFLEXÃO VOCACIONAL

" A vocação é um dom de Deus plantando no coração da gente"



O mês de agosto chega ao fim e com ele encerramos nossa reflexão sobre vocação humana, cunhada na experiência cristã de ser, de amar e de servir. Tivemos a oportunidade de rezar mais, com zelo e carinho, por cada tipo de vocação e ministério presentes e atuantes na Igreja de Jesus Cristo. Tivemos a oportunidade de pensar um pouco mais sério na proposta de Deus, em nossa vocação pessoal, aprofundando nosso conhecimento cristão no que diz respeito à vocação e, descobrirmos que um leque de possibilidades foi e pode ser aberto, pois esta Igreja de Jesus Cristo está enraizada no amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e cresce, como árvore frondosa, alimentada pela graça e conduzida para o alto pelo Espírito. Árvore que tem um tronco fundamental, a própria Trindade e seus três ramos que florescem no mundo: os ministérios comuns, a vida consagrada e os ministérios ordenados

Assim, percorremos o mês enfocando estas três posturas eclesiais. No primeiro domingo nos deparamos com a vocação sacerdotal, privilegiado a necessidade urgente que a Igreja tem hoje de fazer crescer o número de padres para trabalhar na grande seara de Deus. No segundo domingo foi a vez da vocação matrimonial, onde a pessoa do pai foi lembrada como compromisso humano amoroso de um Deus que ama e que cuida de seus filhos desde a criação. No terceiro domingo refletimos sobre a Vida Religiosa Consagrada, frisando a importância deste modo de ser na Igreja que muito contribui para responder ao mundo com valores cristãos às grandes indagações da modernidade (poder, prazer e ter). No quarto domingo o ministério de catequista foi salientado e celebrado como imensa participação de agentes de pastorais que colaboram na missão e na evangelização. Encerramos insistindo que é dever de todos os cristãos católicos rezar pelas vocações e ministérios dentro da Igreja. Precisamos de mais padres santos para os desafios deste milênio, mais religiosos, missionários ou contemplativos para continuar sinalizando o Reino; mais famílias integradas e comprometidas com a fé e com o amor; muito mais agentes de pastoral para organizar e dinamizar a comunidade eclesial. Que Deus nos ajude a sermos fiéis e comprometidos com a causa do Evangelho, intrépidos zeladores das vocações humano-cristãs, pois, vocação é chamado e acolhida. Resposta fiel e engajada do homem e da mulher que amam.


O SAV (Serviço de Animação Vocacional) agradece e  convoca, sempre e de novo, a rezar e a colaborar com as vocações religiosas.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

ORAÇÃO VOCACIONAL

Senhor da messe e pastor do rebanho, faz ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: “Vem e segue-me. Derrama sobre nós o teu Espírito, que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz. Senhor, que a messe não se perca por falta de operários. Desperta nossas comunidades para a missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa. Senhor, que a messe não se perca por falta de pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres, consagrados e leigos. Dá perseverança aos nossos seminaristas e vocacionados. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja. Senhor da messe e pastor do rebanho, chama-nos para o serviço do teu povo. Maria, mãe da Igreja, modelo dos seguidores do Evangelho, ajuda-nos a responder sim. Amém.





terça-feira, 28 de agosto de 2012

VOCAÇÃO LAICAL NA IGREJA

O Concílio Vaticano II, na Constituição Dogmática Lumen Gentium, em suas referências sobre os cristãos leigos e leigas, comunga dos pensamentos do apóstolo Paulo ao afirmar: “pelo batismo foram incorporados a Cristo, constituídos no povo de Deus e a seu modo feitos partícipes do múnus sacerdotal, profético e régio de Cristo, pelo que exercem sua parte na missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo” (LG 31). Em sua Carta aos Coríntios, Paulo compara os leigos e leigas a um imenso corpo no Espírito Santo, ou seja, temos uma unidade na diversidade de dons, personalidade, forças e necessidades.


Em seu número 33, a Lumen Gentium destaca: “os leigos são congregados no povo de Deus e constituídos num só corpo de Cristo sob uma só cabeça”. E nesta comunhão, tendo Cristo como centro de harmonia, somos chamados a partilhar nossa vocação através da colaboração para o bem comum, onde cada um com seus dons é convocado a repartí-los com os demais membros deste corpo, principalmente com os mais fracos.
Assim, em nossas comunidades, iluminados pela Palavra de Deus e com olhos no dia a dia da comunidade, precisamos promover a comunhão por intermédio do acolhimento de todos, até mesmo dos mais desanimados, bem como no empenho da promoção humana e social. Enfim, temos que ter a coragem de romper com antigas estruturas, reconhecendo a variedade de carismas, reconhecendo a corresponsabilidade e igualdade de todos os membros da comunidade, afinal, “vós todos sois o corpo de Cristo e, individualmente, sois membros desse corpo” (1Cor 12,27).
Fonte: CNBB


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

4º DOMINGO: DIA DO CATEQUISTA

"Quem ajuda na pregação tem 
mérito de pregador"




O mês vocacional tem nos ajudado a refletir sobre a vocação humana e, a partir dela, de sua incidência e importância na vida cristã. Dia 27 de agosto é dia do Catequista, mas na agenda vocacional deste mês, celebramos na liturgia o 4º Domingo, que nos faz lembrar destas pessoas especiais, verdadeiros pedagogos da fé, que colaboram na evangelização. Trabalhar na catequese é um verdadeiro ministério eclesial assumido cada vez mais por ministros não-ordenados, que se dedicam para auxiliar os pastores (párocos) na tarefa de formar e informar o Rebanho, capacitando os fiéis e neófitos da Comunidade Eclesial (Igreja, Paróquia) a um maior esclarecimento e vivência da fé, seja na iniciação cristã, na doutrinação, na formação humana ou na congregação de forças para organizar a comunidade.


O Catequista não é um Professor e nem deve pretender sê-lo. É antes de mais nada alguém que está inserido na Comunidade Eclesial, que gosta do que faz, e por acreditar na Igreja e professar sua fé no Deus Uno e Trino, quer colaborar para o crescimento qualitativo e quantitativo desta mesma Igreja. O Catequista não é só aquele que ensina, mais que aprende junto, aperfeiçoa, cresce, está junto, coordenando, orientando, mostrando pistas, caminhos. Para que ele possa fazer isso é preciso que antes esteja disposto a formar-se, a orientar-se, a ler, estudar, preparar-se a fim de que esteja em comunhão perfeita com o Evangelho e com os ensinamentos da Igreja. O Catequista não é mais uma criança ou adolescente ou mesmo uma pessoa adulta que esteja recém-iniciada na fé cristã. É sim, uma pessoa amadurecida na experiência, comprometida com a transmissão fiel daquilo que crê e vive. É uma pessoa de vivência sacramental, assídua a celebração dominical, um verdadeiro agente de pastoral. São Catequistas aqueles que trabalham na pastoral do Batismo, da Confirmação, da Eucaristia e do Matrimônio. São Catequistas que ajudam diretamente na formação eclesiástica de futuros sacerdotes e religiosos.


Aos Catequistas e às Catequistas nossos parabéns pelo seu dia e também votos de que continuem firmes na missão. Àqueles que desejarem inserir-se nesta bonita tarefa, neste gratificante ministério, nosso apoio e incentivo.

ACONTECEU: IV ENCONTRO VOCACIONAL


"Por onde andardes, anunciai que o Reino dos céus está próximo (...) Recebestes de graça, de graça dai!" (Mt 10, 7-8)

Com muita alegria em nossa Casa de Formação São Francisco de Assis se realizou o Encontro Vocacional. Que teve como plano de fundo a Missão e a Presença da Ordem nos dias de hoje.
Quando falamos em missão sempre associamos a trabalhos e atividades puramente exteriores. Mas, a missão na vida consagrada franciscana traz consigo a experiência vocacional do chamado a um carisma todo próprio: Minoridade. Imbuídos deste carisma e fazendo a experiência de um Deus que totalmente se dá a nós no Presépio, na Eucaristia  e na Cruz, todo consagrado vive a missão como testemunha do Caminho, da Verdade e da Vida que é Jesus Cristo.

Em Jesus Cristo se fundamenta todo o carisma da Ordem Franciscana.  É de Deus que Francisco recebe o carisma de um Deus crucificado, pobre, obediente e apaixonado pelo ser humano. Como São Francisco todo consagrado a vida franciscana faz primeiro a experiência de um Deus que gratuitamente  missiona ao simplesmente ser Amor.
Depois deste encontro profundo com Deus a missão ganha um novo ardor e nova vida, no qual somos chamados anunciar alguém maior do que nós mesmos: Jesus Cristo. Não anunciamos nossos projetos e nossas causas, mais sim, os projetos e as causas do Senhor.


"Enfim, estar na missão da Vida consagrada é, acima de tudo, a exemplo do vaso nas mãos do oleiro, deixar-se moldar pelo carisma e pelo espírito originário da Ordem e do Fundador para, assim, aos poucos vir a ser como ele uma só e única coisa." (Frei Dorvalino, Vida Consagrada e Formação)









Jovem, venha fazer parte desta família! 
Venha viver a experiência do amor de Deus nesta família Franciscana Conventual.

sábado, 25 de agosto de 2012

VOTO DE OBEDIÊNCIA NA VIDA CONSAGRADA FRANCISCANA

"Manhã pois manhã desperta meu ouvido para escutar como os discípulos; o Senhor Adonai abriu-me o ouvido e eu não resisti, não dei para trás." (Is 54, 4b-5)



A obediência é um ouvir com profundidade e com fé. É disposição e abertura para escutar com o espírito a voz do Senhor em cada momento da vida. 
O voto de obediência parte do princípio de uma escuta atenta, clara e direta da vontade do Senhor que se direciona a cada consagrado. Ou seja, a obediência consagrada não é uma vontade nossa; ela tem origem no chamado do Senhor feito a cada pessoa. É desse chamado que o consagrado procura em tudo que faz ouvir, perceber e corresponder a voz de Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. 
Jesus Cristo nos mostra, através de sua vida, como ser um perfeito ouvinte do Pai: "Pelos seus sofrimentos aprendeu a obediência; e por ser consumado, veio a ser, para todos que obedecem, causa de salvação" (Hb 4, 8-9). Por isso, obedecer na vida consagrada é entrar na mesma dinâmica da obediência de Jesus. Ele nos mostra que o Pai é o obediente por excelência. Deus é aquele que escuta os seus filhos e os serve dando-lhes aquilo que lhe é necessário e os sustenta em sua caminhada para o céu. 


A obediência de Jesus nos mostra que obedecer vai além do relacionamento entre quem manda e quem executa o mandato. Obedecer é colocar-se na disposição límpida do servir a toda humana criatura, no qual ser senhor compromete o consagrado a ser um bom ouvinte da Palavra do Senhor. E o que significa ser um ouvinte atento do Senhor que nos fala em todas as situações?
Numa discussão dos discípulos sobre quem seria o primeiro Jesus responde: “Sabeis que aqueles que vemos governar as nações as dominam, e os seus grandes as tiranizam. Entre vós não será assim: ao contrário, aquele que dentre vós quiser ser grande, seja o vosso servidor, e aquele que quiser ser o primeiro dentre vós, seja o servo de todos. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10, 42-45).


Portanto, obedecer é um recolher-se inteiramente na ausculta do querer e amor de Deus que se encontra em tudo e em todos. Por isso, podemos afirmar que também no inimigo e no "mau" superior podemos experimentar a vontade de Deus que ultrapassa todas as nossas limitações e desafios. É afirmar que a morte e o mal não podem nos separar do amor de Deus e de  sua benevolência para com todas as criaturas. Esta experiência obediencial leva-nos à perceber a que fecundidade somos chamados a viver: "Eu sou do meu amado e o meu amada o é meu. Ele é um pastor entre lírios. Grava-me com o selo em teu braço! Porque o amor é mais forte do que a morte; suas faíscas são de fogo, uma labareda divina. Águas torrenciais jamais apagarão o amor" (Ct 6, 2; 8,6-7).

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

VÍDEO: VIDA CONSAGRADA

Os consagrados e as consagradas não se distinguem por sua ação, mas pela existência vivida na radicalidade dos conselhos evangélicos; por conviverem em fraternidade com pessoas diferentes – idade, nação, personalidade. Eles criam novo jeito de estar no meio do povo, adotam uma postura de compaixão, paciência, presença, modéstia, flexibilidade, misericórdia e criatividade. Amam os pobres, não por serem pobres, mas por serem pessoas humanas, “preferidas do Pai”, mas excluídas na sociedade. Vivendo assim, na gratuidade do amor, testemunham que Deus chama todos os cristãos e cristãs a uma vida profética e missionária, fazendo novas todas as relações, fazendo novas todas as coisas, a exemplo de Deus que diz: “Eis que faço novas todas as coisas!” (Ap 21,5).


FONTE: CNBB


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

VOTO DE CASTIDADE NA VIDA CONSAGRADA FRANCISCANA

"A castidade é a solícita custódia e contínua guarda dos sentidos carnais e espirituais, conservando-os somente para Deus, puros e imaculados." (Ditos de Frei Egídio - VIII)


O voto de castidade na vida consagrada tem sua origem e ponto de partida na vida celibatária de Jesus; para que todos quantos queiram segui-Lo possam ter em sua caminhada a mesma relação de fecundidade, intimidade e afeição com o Pai. 
A intimidade de Jesus com o Pai revela um coração, um olhar, uma vida voltada para o amor. Um amor capaz de preencher e tornar fecundo o coração de todo aquele que Dele se aproxima. E mostrar para todo o ser humano que só neste amor é possível amar o nosso próximo com o mesmo amor com que fomos amados por Deus: "Nós amamos porque Ele nos amou primeiro." (I Jo 4,19)
 No entanto, o consagrado(a) na vida religiosa é chamado a fazer experiência da mesma entrega e confiança em Deus a exemplo de Jesus. Esta mesma entrega exige um voltar-se pura e simplesmente para o amor do Pai. Viver de amor é a vocação de todo o consagrado, no qual assume um coração indiviso e capaz de amar a Deus e a todos com a mesma gratuidade com que foi e é amado.

A vida celibatária é a expressão da gratuidade de Deus presente na história humana. Porém, o voto de castidade do consagrado vai além do celibato e da condução de uma vida casta. O consagrado é chamado a assumir a virgindade da mesma forma que Cristo assumiu em vista de sua missão. Qual é a missão de Cristo?
Na vida consagrada não se é casto em vista de si mesmo, mas "por causa do Reino dos céus e que é sinal do mundo futuro e fonte de maior fecundidade, num coração indiviso..." (CIC 599). Isto é, "o consagrado faz-se virgem não para si, mas para ser mãe de muitos filhos, como assevera Jesus aos Apóstolos." (Frei Dorvalino, Vida Consagrada e Formação)


Portanto, o voto de castidade é o anúncio do Reino do amor de Deus que se estabelece no meio da humanidade. É a proclamação da liberdade, da gratuidade e da possibilidade de amar como Jesus amou: sem medidas e sem restrições. É assumir a sua missão de proclamar à todos a Boa-Nova, a justiça, a caridade, o perdão, a misericórdia, a verdade, a vida em plenitude e o amor gratuito do Pai.
 Proclamar é ser o que se anuncia.


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O VOTO DE POBREZA NA VIDA CONSAGRADA FRANCISCANA

"Bem-aventurados são os pobres de espírito porque deles é o Reino dos céus" (Mt 5,3)


A pobreza dos consagrados não consiste na privação de alguma coisa e muito menos se identifica com o desprezo de qualquer bem ou criatura. É uma pobreza evangélica cujo sentido último é por causa do Reino dos céus. Pobreza por causa do Reino é compreender de antemão que sua raiz e sua força originária está no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. A partir daí, temos a missão de sermos pobres não diante de nossos próprios conceitos e parâmetros, mais diante da pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo.
O que é ser pobre segundo o Evangelho de Jesus Cristo?
Todo discípulo é chamado por Jesus a segui-lo mais de perto e estar ao seu lado. Deste chamado e deste seguimento é que surge o desejo e o convite a renunciar todas as coisas pelo Reino de Deus. Isto é, um 'sim' dado a Deus nos leva a um 'não' às coisas que não são mais necessárias para o discipulado. Este 'sim' dado a Deus leva o consagrado a perceber que uma só coisa lhe é necessária: estar ao lado de Jesus. E ser pobre na vida consagrada é consequência de um encantamento pelo chamado do Senhor.
Neste ínterim, ser pobre é proclamar com a própria vida que Deus é o nosso único Senhor e sem o qual nada seríamos. De Deus tudo provém e por Ele fomos criados. 
Mas, em que consiste a pobreza de Cristo? E o que é ser pobre como Ele é pobre?
Cristo é todo voltado para o Pai. Sua vontade é a vontade do Pai, de tal modo que, esvazia-se de si mesmo para assumir em sua vida seu plano de amor. Pois, só sendo pobres que somos capazes de sermos livres e de nos doarmos uns aos outros sem reservas, sem preconceitos e sem 'segundas intenções'. A pobreza de Cristo nos ensina a assumirmos nossa finitude e a reconhecermos que ser divino é ser humano.


No entanto, o que significa assumir nossa finitude? É todo dia ter que levantar, trabalhar, estudar, passear, enfrentar as dificuldades, os problemas e as dores de cada dia com a mesma coragem e confiança de Jesus Cristo na cruz. Isto é, a confiança de Jesus no Pai. O tesouro e a herança de nosso Senhor Jesus Cristo é cumprir a vontade do Pai.

Da pobreza de espírito

"São muitos os que insistem nas orações e nos ofícios e fazem muitas abstinências e aflições em seus corpos. Mas, por causa de uma só palavra que lhes pareça injuriar seus corpos, ou por causa de alguma coisa que se lhes tire, 'escandalizados', imediatamente se perturbam.
Estes não são pobres de espírito. Porque, quem é verdadeiramente pobre de espírito odeia a si mesmo e ama os que lhe 'batem' no 'queixo'". (Adm 14)



terça-feira, 21 de agosto de 2012

ITINERÁRIO VOCACIONAL: POSTULANTE PEDRO AFONSO


“Tu me chamastes, e teu grito rompeu a minha surdez. Fulguraste e brilhaste e tua luz afugentou a minha cegueira. Espargiste a tua fragrância, respirando-a, suspirei por ti. Eu te saboreei, e agora tenho fome e sede de ti. Tu me tocaste, e agora estou ardendo no desejo de tua paz.” (Santo Agostinho)

A minha vocação é chamado de Deus. Por iniciativa Dele, e após Ele espargir sua fragrância e eu, a respirando, passei a suspirar por Ele. A partir desse encontro único com Deus fui selado de modo que não consigo mais tirar, feito em brasa muito quente, que é o seu amor. Com a experiência do amor de Deus passei sempre de novo a buscar com toda a minha alma e fazer sempre de novo essa experiência. É por conta desse Amor que vivo. E, também, busco vive-Lo, e que é Caminho.
“Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). Esse “como eu vos amei”, eleva o amor à radicalidade da cruz, doação total de si por todos; ação de Deus. E esse “como eu (Jesus) vos amei” faz parecer impossível para mim repetir esse amor que recebo Dele. E exatamente, por causa dessa medida de amor, é que mais necessito praticar e ser esse Amor de Deus como Caminho e busca vocacional. Pois, nunca alcançamos tamanho Amor de forma plena. Portanto, estou aqui fazendo o Postulantado na Ordem dos Frades Conventuais por conta desse Amor que me inspirou. Estou aqui para viver o Amor. Estou aqui para ser feliz. É o Amor que me faz feliz. Amor esse que é muito concreto: fraternidade estabelecida em cada irmão. Neste irmão está Cristo. No dia-a-dia do convento encontro o próprio Cristo, seja no Trabalho, no Estudo, nas orações comunitárias, ou nos momentos comunitários. É só por Ele que aspiro e só por causa Dele que aqui estou, na busca de experimentar esse Amor.


Meu nome é Pedro Afonso, sou postulante dos Frades Menores Conventuais. Vivo em Petrópolis, no Convento e casa de formação São Boaventura. Sou natural do Rio Grande do Norte, mas desde os sete anos até aos dezoito anos vivi em Vila Velha no Espírito Santo com minha família. Meu pai, Pedro Cirino, minha mãe, Terezinha, e meus irmãos, Pedro Victor, Pedro Filho e Verbênia. E, com dezoito anos, em 2010, entrei na Ordem como aspirante na cidade de Andrelândia, e já estou no segundo ano de Postulantado. Desde criança fui acostumado a ir a Igreja aos Domingos, mas nunca tive um engajamento na Igreja, até o dia que, na época com 16 anos, numa Missa que fui à paróquia, em Vila Velha, o padre assim falou na homilia: “Você conhece a Cristo? Se não o conhece não pode se chamar de cristão”. Aquilo foi como o rompimento da indiferença em relação a Cristo, e a partir daquele fato a busca por conhecê-lo foi cada vez maior, e ao encontrá-lo e experimentar o seu Amor, me levou sempre mais a aumentar essa busca de se engajar cada vez mais nesse Mistério. 

Semana Santa no Carmelo São José - Petrópolis/RJ

Conheci São Francisco, e seu testemunho de vida, o seu exemplo me despertou um encantamento pela sua vida. Conheci na época a Toca de Assis, que bebe da Fonte, que é Francisco, até que conheci os Frades Conventuais, e decidi ingressar na Ordem, na busca de viver o Evangelho segundo a intuição de São Francisco.
Você jovem, não tenha medo de dizer 'sim' ao chamado de Deus em sua vida. Deus tem um projeto para você. Vinde e Vede!

QUEM SÃOS AS IRMÃS E OS IRMÃOS DE VIDA CONSAGRADA?

"As congregações, institutos, sociedades de vida apostólica e novas formas de vida consagrada constituem o Corpo místico de Cristo; por sua natureza definitiva, incondicionada e apaixonada de total adesão a Deus.
Os consagrados e consagradas testemunham o fascínio da amizade com Jesus e a alegria que brota
do amor por Ele. Na contemplação e na atividade, na solidão e na fraternidade, no serviço aos pobres e aos
últimos, no acompanhamento pessoal e nos  areópagos modernos, estão prontos para proclamar e testemunhar que Deus é amor, e como é agradável amá-lo. Fazem isso porque ouvem as palavras de Jesus, como Maria (cf. Lc 10,39).
Ao renunciarem tudo para seguir Cristo, os consagrados e consagradas dão o que possuem de mais precioso, enfrentando qualquer sacrifício, para seguir os passos do Mestre e se tornam sinal de contradição, pelo simples modo de pensar e viver muitas vezes em contraste com a lógica do mundo veiculada, principalmente, nos meios de comunicação social."

Fonte: CNBB





segunda-feira, 20 de agosto de 2012

VIDA CONSAGRADA: FRATERNIDADE


"É do amor de Deus, difundido em nossos corações, por meio do Espírito, que a comunidade religiosa se origina e por ele se constrói como uma verdadeira família reunida em nome do Senhor." 
A vida Consagrada é chamada a ser no mundo testemunho profundo de sua relação com o mistério da Santíssima Trindade. É uma irradiação do amor de Deus que quando acolhido se difunde de diversos modos. Na Vida Consagrada este modo se dá principalmente na vida fraterna. 


A vida fraterna só se realiza quando está enraizada no mistério de Nosso Senhor Jesus Cristo e de sua relação com o Pai e o Espírito Santo. É deste amor que move e ordena as três pessoas divinas que cada consagrado pode responder com liberdade a sua vocação: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei" (Jo 13, 12).
Fundamentar a vida fraterna no mistério trinitário é testemunhar que tudo que temos vem do Senhor e que sem Ele nada poderíamos fazer. É afirmar que Deus é a nossa única e verdadeira fonte, princípio e origem de toda a nossa existência. 
A partir desta experiência profunda com Deus o consagrado consegue testemunhar entre todos os irmãos  a qual vocação foi chamado: ao Amor. Neste Amor se encontra a liberdade de ter um só Senhor, Pastor e Guia de sua vida. Vida fraterna que acontece de modo singular entre irmãos em busca de um mesmo ideal. E o que torna fraterno o consagrado não é somente a proximidade e a presença na comunidade. Mas também, a participação na única e mesma origem de todas as criaturas: o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Desse modo, vida fraterna é serviço, doação, minoridade, seguimento, caridade, fidelidade, oração e entrega total a Deus por meio da consagração ao Reino de Deus presente em cada irmão e irmã. É a profunda experiência de liberdade que encontra em Deus seu único sentido. 
Assim, somos chamados "a ter os mesmos sentimentos e o mesmo amor de Cristo. Cordiais e unânimes. Com grande humildade, julguemos os outros melhores do que nós mesmos. Ocupemo-nos dos interesses dos outros e não somente dos nossos. Nossas relações sejam mútuas e fundadas sobre o fato de que estamos unidos a Cristo Jesus" (Fl 2,2-5).

domingo, 19 de agosto de 2012

PENSAMENTOS DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS




3º DOMINGO: VOCAÇÃO RELIGIOSA - CONSAGRADA

DIA DOS CONSAGRADOS

"E eles imediatamente, deixando tudo, seguiram-no" (Mt 4,22)


Hoje é dia de lembrar na Liturgia da Igreja desta vocação tão bonita e tão antiga: o chamado ao seguimento radical de Jesus Cristo por homens e mulheres, que deixando tudo, puseram-se a caminho, em busca, da vivência do Evangelho na realização do Amor. Quando se fala de religiosos, entende-se aqui por aquelas pessoas que fizeram uma opção livre de vida totalmente consagrada, comprometendo-se com uma causa específica dentro da grandiosidade de servir ao Senhor e aos irmãos. Nesta multidão de eleitos e eleitas encontramos Franciscanos, Franciscanas, Dominicanos (as), Carmelitas, Servitas, Jesuítas, Redentoristas, Clarissas, Beneditinos (as), Vocacionistas, Palotinos (as), Camelianos (as) e tantos outros. São irmãos e irmãs que deixaram suas casas, suas famílias, a possibilidade de um casamento, sonhos futurísticos e tantas outras coisas mais, para dedicar-se exclusivamente ao amor de Deus, fazendo a experiência contínua deste amor e tornando-se sacramento vivo, sinal forte da presença do Deus que ama no meio do povo, do mundo.

Concretamente, são chamados frades, frater, monges, irmãos, freiras, soror, monjas e irmãs, que de uma maneira ou de outra, compõe juntos o quadro destes semeadores de paz, de ternura, de bondade, de humanidade e sinalizadores do Reino.
"A vida consagrada, profundamente arraigada nos exemplos e ensinamentos de Cristo Senhor, é um dom de Deus Pai à sua Igreja, por meio do Espírito. Através da profissão dos conselhos evangélicos, os traços característicos de Jesus - Virgem, Pobre e Obediente - adquirem uma típica e permanente 'visibilidade' no meio do mundo, e o olhar dos fiéis é atraído para quele mistério do Reino de Deus que já atua na história, mas aguarda sua plena realização nos céus". A vida consagrada nasce da experiência profunda de Deus e só nela encontra seu último sentido, e na Igreja, desde seu início mostra que homens e mulheres procuram viver de maneira radical a concretude do Evangelho.


São Francisco de Assis traduz novo surto carismático de vida Religiosa-Consagrada. Pretendia simplesmente reunir 'novo povo' para observar o Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, vivendo em obediência, sem nada de próprio, e em castidade. Num primeiro momento, Francisco pensa simplesmente em seguir o Sermão da Montanha 'sine glossa', e hoje, encontramos esses seguidores e seguidoras (Franciscanos e Franciscanas) espalhados pelo o mundo inteiro que mostram que é possível, ainda hoje, um sonho de Francisco de Assis e que ele e seu ideal continuam vivos e presentes em nossa história pessoal.
Frades Conventuais - Custódia Imaculada Conceição

A todos os Religiosos e Religiosas, neste dia, nosso carinho e incentivo! 
Vamos rezar por todos eles, para que sejam perseverantes, corajosos, fiéis e cada vez mais santos, rezando também para que Deus possa suscitar nas famílias, em nossa paróquia, em nossa diocese, muitas e santas vocações religiosas e missionárias.

sábado, 18 de agosto de 2012

FRADE MENOR CONVENTUAL



JOVEM, siga Jesus Cristo como São Francisco de Assis, vivendo para a IGREJA E O MUNDO com base no Evangelho.

A VIDA NO AMOR RECÍPROCO E CRIATIVO

"Toda pessoa tem uma vocação e uma missão dadas por Deus para realizar. Não uma vocação qualquer, mais vocação ao amor e à santidade. Deus não chama uns para a perfeição e outros para a mediocridade. Assim é que, por diferentes caminhos ou diferentes estados de vida (casado, solteiro, consagrado ou sacerdote), todos são chamados à santidade e à plenitude da caridade. 
Na família, é preciso a existência do amor. O amor de estima, respeito, aceitação, admiração pelas qualidades mútuas, o amor que se baseia na fé.


Para quem tem fé, o matrimônio é verdadeira vocação: o chamado de Deus ao dom de si no amor recíproco a aberto à vida. Na fé, sentimo-nos chamados por Deus a um caminho e a uma plenitude que só Ele pode dar.
'Não é bom para o homem ficar só', disse Deus, nem é bom para a mulher (Gn 2, 18-25). 'Façamos o homem à nossa imagem e semelhança'. E os fez homem e mulher e os abençoou (Gn 1, 26-28). O casal humano nasce dessa benção original. Nasce com a vocação de formar uma comunhão de vida no amor, seja para amparo mútuo, seja para a sobrevivência da espécie humana. 
A serviço desse amor mútuo do casal está o sacramento do matrimônio. O amor do homem à sua esposa e o amor da mulher ao seu marido deveriam ser tais que pudessem lembrar o amor imenso e gratuito que Deus oferece a cada pessoa e à humanidade inteira. Sobretudo deveria lembrar o amor de Cristo por sua Igreja, que tem a sua dimensão doméstica em cada lar. 


O casal humano torna-se berço da vida e da família. Esta constitui a célula fundamental da sociedade. Deus confia ao casal o cuidado desse milagre que se chama Vida - a vida indefesa e nascente de cada pessoa. Nesse clima de amor e cuidado, a pessoa nasce, cresce, firma-se e é feliz."

Fonte: SAV - FFB

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

REZEMOS PELAS VOCAÇÕES MATRIMONIAIS


Deus amoroso, tu que enviastes vosso Filho para encarnar-se no seio de uma família, que teu Espírito infunda em nós os dons da fidelidade e responsabilidade, para respondermos com ardor o nosso chamado a viver a vocação familiar. Senhor da messe, pedimos que sejamos atentos ao vosso chamado, que, a exemplo de Jesus, Maria e José, tenhamos a fé e disponibilidade para responder Sim e sirvamos com alegria na construção do teu Reino. Amém!
Jesus manso e humilde de coração!  
Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

ILUMINAI SENHOR NOSSAS FAMÍLIAS!


“A família cristã está fundada no sacramento do matrimônio entre um homem e uma mulher, sinal do amor de Deus pela humanidade e da entrega de Cristo por sua esposa, a Igreja. A partir dessa aliança se manifestam a paternidade e a maternidade, a filiação e a fraternidade, e o compromisso dos dois por uma sociedade melhor” (DAp n. 433).
Nessa semana que rezamos pelas vocações matrimoniais peçamos a Deus por todas as famílias. Para que elas sejam berços do amor de Deus por cada pessoa humana. Que os pais aprendam juntos a viverem enraizados no amor. E que este amor fecundo e maduro seja a base para a educação de seus filhos. E que os filhos vivam este amor para com seus pais e para com todos.


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

SER FAMÍLIA: TESTEMUNHO DO AMOR DE DEUS


A vocação familiar deve nos impulsionar a dinamizar o amor, o respeito, o diálogo, construir relações fraternas, frente a uma sociedade cada vez mais egocêntrica, onde os valores comunitários estão sendo esquecidos.
O vocacionado à família deve testemunhar que é possível viver esta vocação com olhar cristão na atualidade, que constituir família não é coisa do passado e tampouco fruto do acaso, mas é opção. Assim, a Palavra de Deus nos dá pistas de como abraçar e viver esta vocação de maneira madura e responsável.
Outro ensinamento importante da Palavra é sobre a mesa onde fazemos as refeições. Ela é muito importante para nós cristãos e para nossas famílias, pois foi ao redor de uma mesa que Jesus se entregou por todos nós, por isso, precisamos resgatar o sentido da mesa, lugar de encontro, de partilha, de perdão, de orientação; lugar onde as nossas relações familiares se sustentam e se transformam em relações fraternas e amorosas.




terça-feira, 14 de agosto de 2012

VÍDEO: VOCAÇÃO MATRIMONIAL

A partir do Evangelho de Lucas (Lc 2,41-52) percebemos que cada pessoa é chamada a cuidar e zelar pela família. Na família somos chamados a ser exemplos do amor, testemunhando para a cultura atual, muitas vezes descrente, que a família continua sendo sinal de Vida Plena.
A família é a igreja doméstica, o lugar onde o amor de Deus deve acontecer. Neste espaço devem ser cultivados os valores cristãos. Deus também quis ter uma família e nela se encarnou, tão somente por amor gratuito. O Catecismo da Igreja Católica, em seu nº 458, nos diz que: “A família é a célula originária da sociedade humana [...]. Os princípios e os valores familiares constituem o fundamento da vida social. A vida em família é uma iniciação à vida da sociedade”. 




segunda-feira, 13 de agosto de 2012

2º DOMINGO: VOCAÇÃO MATRIMONIAL - DIA DOS PAIS


"Não basta ser pai, tem que participar!"


Esta é uma frase forte na publicidade que nos faz pensar primeiramente no que vem a significar "ser pai" e, por força da própria reflexão, no significante "participação paterna". Ser pai constitui uma rede de considerações e responsabilidades próprias do homem que é chamado por Deus a constituir, no sacramento do encontro, uma família, perpetuação da humanidade. Pai é aquele que acima de tudo ama e por amar gera, cuida, zela, protege, orienta, preserva, cria e recria, tornando-se partícipe no ato criador de Deus que ama. Mas não basta gerar, ter filhos, casa, esposa, trabalho. É preciso ter tempo para a esposa, para os filhos, para a família. É necessário participar dos momentos significativos do lar, das esperanças, desafios, conquistas, fracassos, enfim, da história pessoa de cada membro da família que esbarra na história pessoal do próprio pai. O pai só pode considerar-se assim se realmente participa, marcando presença, do contrário, acaba "ficando pai" pelo resto da vida sem tocar na experiência bonita e fecunda de ver e fazer crescer a prole e a respectiva família. Ser pai é mirar-se no próprio Deus que é Pai, que está sempre presente na história de seus filhos, pois a paternidade supõe engajamento, compromisso, inserção. Deus é assim: Ele vem participar conosco, fazer história com a gente, encarnando-se entre e como nós. Deste modo, o participar paterno não é só um atributo, mas uma característica importante desta vocação. 


Hoje é dia de lembrar dessa vocação bonita que enlaça o homem e a mulher numa convivência de amor mútuo, de encontro intimo, de aliança abençoada, de recíproca identificação em busca da felicidade humana. Sentir-se chamado a fazer aliança com alguém, comprometendo-se com sua história é abrir-se a dimensão do amor gratuito de Deus que ama seu povo e com Ele estabelece uma aliança. Comprometer-se com alguém dentro da disposição do amor é comprometer-se com sua realização pessoal, bem-querer o outro como parte de sua própria vida. 

Que Deus possa abençoar todas as famílias, todos os casais, todos os namorados para que realizem experiências firmes e humanizantes de encontro amoroso, onde o companheiro, a companheira consigam ser amados, respeitados, valorizados como imagem e semelhança de Deus. 



Aos pais nosso carinho e nossas 
orações pelo dia de hoje!