segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

A verdadeira história da "Oração de São Francisco" ou "Oração pela Paz"

As Origens do Texto Atribuído a
 São Francisco de Assis 



Por Egidio Picucci - Osservatore Romano

É excepcional a difusão da oração simples atribuída a São Francisco de Assis, conhecida em todo o mundo, graças, sobretudo, à sua espontaneidade e à sua referência às expectativas mais humanas. Traduzida em todas as línguas, foi e é recitada no âmbito de numerosíssimos encontros e por eminentes personalidades do mundo eclesiástico, literário e político. Tendo que fazer uma escolha, basta recordar que em 1975 ela foi recitada em Nairobi durante uma reunião do Conselho ecumênico das Igrejas; que em 1986 esteve no centro das orações dos participantes do encontro dos representantes de todas as religiões, organizado por João Paulo II em Assis; que em 1989 em Basileia abriu o Congresso ecumênico europeu.
A oração não deixara de espantar Madre Teresa de Calcutá, que brevemente explicou sua importância, e convidou a recitá-la no dia em que, em Oslo, recebeu o prêmio Nobel da paz (1979), revelando que, em seu instituto, ela era rezada todos os dias, depois da comunhão; Helder Pessoa Câmara, o então Arcebispo de Olinda e Recife (Brasil), a incluiu nas "Páginas do Caminho para as comunidades abramíticas"; Margaret Thatcher recitou uma parte dela em 4 de Maio de 1979, dia da sua nomeação como primeiro ministro; o Bispo anglicano Desmond Tutu (Nobel pela paz em 1984), confessou que "ela fazia parte integrante" de sua devoção; Bill Clinton a inseriu no discurso de saudação a João Paulo II ano aeroporto de Nova York em 1995, acrescentando com mal disfarçada altivez que "muitos americanos, católicos ou não, a tem em seu bolso, na bolsa ou em suas agendas".

O elenco poderia continuar e longamente, mas a nós interessa fazer conhecer somente um aspeto da longa história que circunda a oração, e isto é o papel que teve o “Osservatore Romano" ao fazê-la conhecer do grande público.
Em 1915, no dia seguinte da declaração da primeira guerra mundial, Bento XVcompôs uma oração pela paz, traduzida em francês, inglês, alemão, espanhol, português, russo e polaco, convidando todos os católicos da Europa a recitá-la no domingo, 7 de Janeiro, no mesmo momento em que ele mesmo a teria rezado diante do altar de São Pedro, junto com os Cardeais e com a Cúria pontifícia.
"Na França - afirma Christian Renoux, docente de história na universidade de Orleans - o Governo se opôs a tal recitação, temendo que o Papa convidasse a rezar pela vitória do catolicíssimo império austro-húngaro. Confiscou, pois, todos os folhetos em que a oração fora impressa e censurou os boletins paroquiais que a reproduziam".
Algum tempo antes, o Marquês Stanislas de A Rochethulon, presidente da associação anglo-francesa Souvenir Normand - que se qualificava como "obra de paz e de justiça ideal, inspirada no testamento de Guilherme, o Conquistador, considerado antepassado de todas as famílias reais da Europa, para fazer ressaltar o papel que tiveram a lei e o direito estabelecidos pelos conquistadores normandos" – tinha feito chegar ao Papa duas orações pela paz e um cântico dedicado a Nossa Senhora das Normandias. A primeira oração era uma invocação "à Nossa Senhora dos Normandos e aos seus santos e santas padroeiros”; a segunda, uma "bela oração a recitar durante a Missa", publicada por um certo abbé Bouquerel, redator do semanário católico "A Croix de Orne", retomada no número de Dezembro de 1912 do periódico "La Clochette", um revistinha católica de caráter devocional fundada em Outubro de 1901, e que se qualificava como "boletim da Liga da Santa Missa".
Era a atual Oração Simples – assim a chamou Giuseppe João Lanza del Vasto, e assim é conhecida na Itália - apareceu anônima pela primeira vez na "La Clochette" ("A campainha"), termo claramente designativo da pequena campainha que se toca durante a celebração eucarística. A oração agradou seja ao Papa como ao Cardeal Pietro Gasparri, Secretário de Estado, mesmo porque o Marquês a tinha feito apresentar como "oração ao Sagrado Coração", devoção cara ao Papa, o qual, na oração pela paz de 1915, tinha feito várias vezes referência ao Sagrado Coração.
"A pedido do Papa (e do Cardeal Gasparri) - acrescenta Christian Renoux - a Secretaria de Estado enviou o texto ao "Osservatore Romano" que a publicou na primeira página no dia 20 de Janeiro de 1916, traduzida em italiano, junto com uma breve informação explicativa, intitulada “As orações do Souvenir Normand pela paz" O redator, que fez algumas correções secundárias, não obstante tivesse escrito que a apresentava "textualmente na sua tocante simplicidade", explicava: "O Souvenir Normand" fez chegar ao Santo Padre o texto de algumas orações pela paz. Entre elas nos agrada reportar particularmente aquela dirigida ao Sagrado Coração, inspirada no testamento de Guilherme, o Conquistador".
Foi o lançamento mundial da Oração Simples. No dia 28 de Janeiro sucessivo "La Croix" reportou o artigo do quotidiano da Santa Sé, deixando inalterado seja o título seja as informações incompletas sobre a exata origem do texto. Por escrúpulo o Marquês escreveu ao jornal para completar as informações, mas calando volutamente "La Clochette", a primeira publicação que a tinha reportado: ele queria apenas esclarecer que não tinha sido composta pelo "Souvenir Normand". Passando por cima sobre as vicissitudes ligadas à famosa Oração (traduções, adaptações, títulos); sobre as intermináveis pesquisas de autor (até agora desconhecido); sobre o por que da atribuição a São Francisco, queremos sublinhar que a oração teve aquele sucesso mundial que desejava o Cardeal Gasparri em uma carta de 24 de Janeiro de 1916 ao Marquês Stanislas de A Rochethulon, e desejado pelo Papa, conforme quanto se lê naquele número do jornal do Papa: "O Santo Padre agradou-se sumamente com esta comovente oração que seria de se desejar achasse um eco em todos os corações e fosse a expressão do sentimento universal". 

domingo, 30 de dezembro de 2012

VÍDEO: JESUS, MARIA E JOSÉ, NOSSA FAMÍLIA VOSSA É!


SAGRADA FAMÍLIA


SAGRADA FAMÍLIA, ROGAI POR NÓS!



OREMOS:


Ó Sagrada Família de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade; dá-nos a disposição de ouvir as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres; ensina-nos a necessidade do trabalho de preparação, de estudo, da vida interior pessoal, da oração, que só Deus vê secretamente, ensina-nos o que é família, sua comunhão de amor, sua beleza simples e austera, seu caráter sagrado e inviolável.

Deus Pai, nós te pedimos por nossa família. Queremos ser sua pequena Igreja doméstica e que nosso lar reflita o amor com que nos criaste, livre e fortalecido. Ajuda-nos a nos manter unidos e a viver nossa fé comum nesta sociedade que não favorece os valores familiares.

Que nos amemos cada dia mais, sabendo compartilhar, com generosidade, os bens materiais e espirituais. Ensina-nos a crescer na santidade de vida.

Que os mais velhos saibam dar bom exemplo no cumprimento de nossos deveres cristãos. E que os mais jovens aprendam a viver no amor e a descobrir sua própria vocação na vida.

Dá-nos força para viver um amor incansável, sendo solidários com outras famílias necessitadas de pão, justiça, amor e compreensão.

Virgem Maria, Mãe da Igreja, protege-nos e dá-nos o amor com que Cristo nos amou. Amém

Fonte: Livro de orações (Ed. Ave Maria)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

VÍDEO: O NASCIMENTO DE JESUS



"nasceu-nos hoje um Menino, um Filho nos foi doado, grande é este pequenino, Rei da Paz será chamando: Aleluia!"



segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O SENTIDO DO NATAL



"O anjo disse: Não temais! Eis que eu vos anuncio uma grande alegria, que será para todo o povo: nasceu-vos hoje um Salvador, que é o Cristo - Senhor". (Lc 2, 10-11)

O Natal pode ser visto de várias formas, ou melhor é visto de várias formas: presentes, Papai-Noel, enfeites, comidas, bebidas e muitas coisas. O mais importante é quase sempre esquecido. É preciso celebrá-lo, para que Ele venha alentar a nossa esperança, garantir-nos dias melhores e mais felizes. O verdadeiro sentido do Natal é a celebração do nascimento de Cristo, que veio ao mundo para salvar a todos os pecadores. Mais, é preciso entender o sentido profundo do Natal. Não fiquemos na superfície. Natal é a festa do amor de Deus para conosco. Amor que veio nos ensinar a sermos homens de verdade através da humilde manjedoura. 
Um Deus que é tão grande e se faz tão pequeno para chegar até nós, só por amor. Eis a essência do natal: o amor, que deve ser cultivado por todo o ano. E assim trazermos até nós aquela simples noite onde "o Sol nascente veio nos visitar". A Luz do mundo brilha da noite mais escura, como vemos no Evangelho: "No princípio era o Verbo e o Verbo estava em Deus, e o Verbo era Deus. No princípio estava Ele em Deus. Por Ele foram feitas todas as coisas e nada do que é feito, foi feito sem Ele. Nele estava a vida, e a vida era Luz dos homens. E a Luz resplandece nas trevas ..." (Jo 1, 1-2)


São Francisco de Assis em 1223 criou a primeira representação do nascimento de Jesus, para que refletíssemos nas grandes lições desse maior acontecimento da história da humanidade.
Os três valores aqui o mundo dá a maior importância são: o prazer, o dinheiro e a fama. Jesus, do seu presépio, silenciosamente, nos ensina que esses valores são efêmeros, passageiros. Ele nos ensina a humildade, a paciência, a mansidão, a caridade para com o próximo, a fraternidade, o perdão, a grandeza de coração, a pureza de alma, enfim, todas as virtudes cristãs, que fariam o mundo muito melhor se as praticássemos.
Corramos ao encontro do Senhor, adoremos o Verbo encarnado, voltemos nosso olhar para Ele e ofertemos os nossos corações para que possam ser sua morada. Vamos celebrar o natal diferente!



sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O PRESÉPIO DE GRÉCCIO


Aproximava-se o Natal de 1223 e São Francisco, que sempre venerara com singular devoção o mistério de Deus Menino e que sempre recordava Belém, achando-se no eremitério de Fonte Colombo, disse a João Velita, gentil-homem da Ordem Terceira (OFS), seu amigo e seu admirador como os tinha por toda parte: "Monsenhor João, se me quiseres ajudar, celebraremos este ano o mais belo Natal que jamais se viu".
"Certo que quero, meu pai".
"Num dos bosques que cercam o eremitério de Gréccio há uma gruta semelhante à de Belém. Quereria representar a cena do Natal e ver com os olhos do corpo a pobreza na qual Jesus Menino veio ao mundo e como foi acomodado em sua manjedoura, ficando entre o boi e o asno. Tenho licença do santo Padre para fazer esta evocação da Natividade do Cristo".
"Compreendi. Deixa tudo por minha conta, meu pai".
Na noite de Natal os sinos do vale de Rieti bimbalhavam festivamente e os habitantes, avisados da nova celebração, acorriam das aldeias, dos castelos, dos casais mais distantes, pelos caminhos saibrosos, sob a cintilação das estrelas, pela noite gelada, mas límpida. Acorriam, levando oferendas como os pastores da Judéia, enquanto dos eremitérios de Fonte Colombo e de Póggio Bustone e de outros lugares vinham os frades em procissão, com tochas acesas, entoando litanias, meio devotos, meio curiosos da grande novidade. Mas quando entraram na gruta preparada pela solicitude de João Velita sob a ardente inspiração de São Francisco, ficaram encantados. Ali está sobre uma pedra para a celebração da missa a manjedoura com as palmas; ali estão o boi e o asno. Não está ainda o Menino, mas à Elevação descerá invisivelmente na Hostia e aquilo que falta, à visão da Virgem, de São José e dos anjos, supre São Francisco, que vestido solenemente de diácono, canta o Evangelho com voz tão musical, clara e harmoniosa, que lembra o Glória celestial que ressoou pelos montes da Judéia naquela noite. Fala depois da Natividade do Rei pobre com tal comoção que ao pronunciar a palavra Belém a sua voz treme como um balido, com tal fervor que a multidão arrebatada crê reviver, a treze séculos de distância, o princípio de nossa salvação. A noite corre toda em festa, toda a selva explende e canta, parece que Jesus Menino retornou realmente sobre a terra.

E alguém o vê. Naquela palha em que os olhos não encontram a sua carne em flor, o beato francisco vê um renascido branco e gélido como um pequenino morto. Toma-o nos braços, aperta-o ao coração, aquece-o, anima-se, abre os olhos, acaricia com as mãozinhas o rosto exangue do seu Pobrezinho. E se São Francisco fala por modo que a todos comove, se sua voz treme como um balido, se sua palavra faz reviver nas imaginações Jesus pequenino qual se estivesse presente, é porque para ele está a divina criança de fato presente, é porque seus braços o apertam, seus olhos o vêem e seu coração se funde de amor e gratidão.

São Francisco de Assis - Maria Sticco - 4ª edição - Editora Vozes - 1974.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A COROA DE ADVENTO



Desde a sua origem a Coroa de Advento possui um sentido especificamente religioso e cristão: anunciar a chegada do Natal sobretudo às crianças, preparar-se para a celebração do Santo Natal, suscitar a oração em comum, mostrar que Jesus Cristo é a verdadeira luz, o Deus da Vida que nasce para a vida do mundo. O lugar mais natural para o seu uso é família.

            
Além da coroa como tal com as velas, é uso antigo pendurar uma coroa (guirlanda), neste caso sem velas, na porta da casa. Em geral laços vermelhos substituem as velas indicando os quatro pontos cardeais. Entrou também nas igrejas em formas e lugares diferentes, em geral junto ao ambão. Cada domingo do Advento se acende uma vela. Hoje está presente em escolas, hotéis, casas de comércio, nas ruas e nas praças. Tornou-se mesmo enfeite natalino. Já não se pode pensar em tempo de Advento sem a coroa com suas quatro velas. 

Simbolismo da Coroa de Advento 
Pelo fato de se tratar de uma linguagem simbólica, a Coroa de Advento e seus elementos podem ser interpretados de diversas formas. Desde a sua origem ela possui um forte apelo de compromisso social, de promoção das pessoas pobres e marginalizadas. Trata-se de acolher e cuidar da vida onde quer que ela esteja ameaçada. Podemos dizer que a Coroa de Advento constitui um hino à natureza que se renova, à luz que vence as trevas, um hino a Cristo, a verdadeira luz, que vem para vencer as trevas do mal e da morte. É, sobretudo, um hino à vida que brota da verdadeira Vida.

A mensagem da Coroa de Advento é percebida a partir do simbolismo de cada um de seus elementos.

O Círculo
A coroa tem a forma de círculo, símbolo da eternidade, da unidade, do tempo que não tem início nem fim, de Cristo, Senhor do tempo e da história. O círculo indica o sol no seu ciclo anual, sua plenitude sem jamais se esgotar, gerando a vida. Para os cristãos este sol é símbolo de Cristo. 
            
Desde a Antigüidade, a coroa é símbolo de vitória e do prêmio pela vitória. Lembremos a coroa de louros, a coroa de ramos de oliveira, com a qual são coroados os atletas vitoriosos nos jogos olímpicos. 


Os ramos verdes

Os ramos verdes que enfeitam o círculo constumam ser de abeto ou de pinus, de ciprestes. É símbolo nórdico. Não perdem as folhas no inverno. É, pois, sinal de persistência, de esperança, de imortalidade, de vitória sobre a morte. 

Para nós no Brasil este elemento é um tanto artificial e, por isso, problemático, menos significativo, visto que celebramos o Natal no início do verão e com isso não vivenciamos esta mudança da renovação da natureza. Por isso, a tendência de se substituir o verde por outros elementos ornamentais do círculo: frutos da terra, sementes, flores, raízes, nozes, espigas de trigo.         



Para ornar a coroa usam-se também laços de fitas vermelhas ou rosas, símbolo do amor de Jesus Cristo que se torna homem, símbolo da sua vitória sobre a morte através da sua entrega por amor. 

Deste modo, nas guirlandas penduradas nas portas das casas, os laços ocupam o lugar das velas. 

Lembram os pontos cardeais, a cruz de Cristo, que irradia a luz da salvação ao mundo inteiro.



As velas

As quatro velas indicam as quatro semanas do Tempo do Advento, as quatro fases da História da Salvação preparando a vinda do Salvador, os quatro pontos cardeais, a Cruz de Cristo, o Sol da salvação, que ilumina o mundo envolto em trevas. O ato de acender gradativamente as velas significa a progressiva aproximação do Nascimento de Jesus, a progressiva vitória da luz sobre as trevas.Originariamente, a velas eram três de cor roxa e uma de cor rosa, as cores dos domingos do Advento. 

O roxo, para indicar a penitência, a conversão a Deus e o rosa como sinal de alegria pelo próximo nascimento de Jesus, usada no 3º domingo do Advento, chamado de Domingo “Gaudete” (Alegrai-vos).
Existem diferentes tradições sobre os significados das velas. Uma bastante difundida:

  • a primeira vela é do profeta;
  • a segunda vela é de Belém;
  • a terceira vela é dos pastores;
  • a quarta vela é dos anjos.

Outra tradição vê nas quatro velas as grandes fases da História da Salvação até a chegada de Cristo. Assim:

  • a primeira é a vela do perdão concedido a Adão e Eva, que de mortais se tornarão seres viventes em Deus;
  • a segunda é a vela da fé dos patriarcas que crêem na promessa da Terra Prometida;
  • a terceira é a vela da alegria de Davi pela sua descendência;
  • a quarta é a vela do ensinamento dos profetas que anunciam a justiça e a paz.

Nesta perspectiva podemos ver nas quatro velas as vindas ou visitas de Deus na história, preparando sua visita ou vinda definitiva no seu Filho Encarnado, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo:

  • o tempo da criação: de Adão e Eva até Noé;
  • o tempo dos patriarcas;
  • o tempo dos reis;
  • o tempo dos profetas.
(6) BECKHÄUSER, Frei Alberto, Coroa de Advento – história, simbolismo e celebrações, Vozes, 2006.Ex

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

VÍDEO: A HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA DE GUADALUPE


MÃE DO CÉU MORENA, SENHORA DA AMÉRICA LATINA, ROGAI POR NÓS!




SUGESTÃO CULTURAL



Maximiliano Kolbe, franciscano conventual e sacerdote católico polonês preso no campo de concentração nazista de Auschwitz, deu sua vida por outro prisioneiro, um homem de família, inocente, condenado à morte por inanição em represália a uma fuga.
Veja o Trailer:


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

DEVOÇÃO FRANCISCANA A MARIA

A vida segundo o Evangelho serve, para Francisco, de base em vista de uma compreensão da revelação cristã: exige unidade entre esforço cotidiano e oração, encontro com Deus na vida cotidiana neste mundo e com os outros. Francisco nunca emite um pensamento de fé, um conceito teológico sem conexão com atitude vital global e sintética que possa abarcar a totalidade da existência.

Sua espiritualidade está estruturada em suas ntuições básicas e concatenadas, a saber:


a) penitência ou conversão da vida carnal, ou seja, egocêntrica, para encontrar Cristo e Deus no irmão esquecido e abandonado à mercê das forças de morte presentes no mundo e na sociedade;

b) o consequente distanciamento destas forças, associando-se aos “menores”;

c) a – pobreza voluntária para obrigar a sociedade a reconhecer, respeitar e honrar, através do retomo à Justiça, a dignidade ofendida dos pequenos; e, finalmente, a alegria ao pensar nas promessas escatológicas de Deus, em sua presença onde está o amor e na atualização da Páscoa em nossas celebrações.
São estes aspectos que Francisco encontra, reverencia, canta e Invoca em Maria.

Maria é, para Francisco, a “Senhora” pobre (2Cel 83) e Deus, escolhendo-a por Mãe, compartilha a pobreza com ela (2CtFi4-5) como caminho em vista da salvação dos homens, levando-os a viver a paternidade divina a partir de uma fraternidade humana renovada, que consiste na solidariedade real com os pobres, uma vez que, como dizia Francisco, é dignidade real e insígne nobreza “seguir o Senhor que, sendo rico, se fez pobre por nós” [2Cel 73) e partilham a pobreza salvífica de Jesus da qual devem participar todos os seus seguidores.


Ao exigir a pobreza dos frades, Francisco os coloca em relação com Cristo que foi “pobre e peregrino e vivia de esmola, ele mais a bem-aventurada Virgem e seus discípulos” (RNB 9,6). E a tua última vontade é “seguir a vida e a pobreza de nosso altíssimo Senhor Jesus Cristo e de sua Mãe santíssima e nela perseverar até o fim (UIV 1).

Era com lágrimas nos olhos que Francisco meditava na pobreza do Senhor Jesus Cristo e de sua Mãe (2Cel 2,00: LM 7, 1). Este pranto amargurado de Francisco diante do que Cristo e Maria passaram será mal entendido se não for colocado junto com a escolha de pobreza voluntária que fez e com
a honra que tributava a todos os pobres: a pobreza voluntária, unida à alegria que a acompanha, provém do fato de que para Francisco o Evangelho do Reino e da presença misteriosa de Deus em nosso meio se tomaram mais importantes do que os próprios interesses, e, para acolhê-los, é preciso
mesmo esquecer os interesses próprios, “converter-se”, “fazer penitência”.

O Deus que decidiu partilhar a pobreza com Maria tornando-se seu filho é o Deus novo que transforma em supremo o que é ínfimo, é o Deus diferente, que não age a partir de nossa lógica, que escolhe a pobreza e o pobre como seu “sacramento”, como seu sinal e seu símbolo.
Celano o diz com multa felicidade ao falar da compaixão de Francisco para com os pobres. Francisco “se derretia todo pelos pobres”. Desejava sempre “estender a mão (aos pobres)”. Celano observa que ele “era de uma clemência nata” que tinha sido redobrada teologalmente: “redobrada pela piedade infusa”. “Qualquer carência ou penúria que visse em alguém dirigia seu pensamento em rápida conversão para Cristo.
Via o Filho da pobre Senhora em todos os pobres, pois o levava nu em seu coração como ela o tinha carregado em seus braços” [2Cel 83). Neste aspecto também Francisco revela ter sido o pai dos teólogos franciscanos que não conhecem outra teologia, outra cristologia ou mariologia senão aquela que, refletindo sobre a vida de Cristo e de Maria, neles descobre aquilo que torna nossa existência melhor.

Francisco tem consciência que a salvação de Deus é para todos, mas sabe também que a maneira como ela se manifesta não é igual para todos: Deus, na encarnação – “kénosis”, assumindo a condição pobre de sua Mãe e aceitando o sofrimento inerente à finitude humana, exalta os pobres e os humilhados, os fracos e os sofredores que, depois da glorificação de Cristo e de Maria, são o espelho no qual se Imprime e se perpetua a Imagem de Deus que se exprimiu entre nós, em Cristo e Maria, pobres e sofredores: “Quando vês um pobre, meu irmão, tens à frente um espelho do Senhor e de sua pobre Mãe. Também nos doentes deves ver as enfermidades que ele assumiu por nossa causa” (2Cel 85).

Por outro lado, Deus mesmo ao decidir manifestar-se a nós na pobreza de Jesus e de Maria e manifestando-se agora nos pobres e sofredores de todos os modos contesta o – mundo desumano, a fim de que todos os que são responsáveis por criar e manter esta situação desumana e, portanto, indigna da família de Deus, redescubram sua humanidade, afastando-se de tal situação como fez, de modo radical, Francisco com sua pobreza voluntária.

A devoção mariana permite ao Poverello viver esta dimensão teologal da pobreza e as mais profundas raízes da alegria dos “menores”. Estes, em sua própria pobreza e na dos outros, experimentam como mais importante do que todos os interesses particulares, a presença de Deus no mundo e o seu Reino que vem.

É precisamente nesta alegria franciscana, pela presença divina, que a pobreza não é somente uma teoria, mas de grande eficácia: o Deus da alegria é o Deus que reverencia os pobres e denuncia forças tenebrosas que são causa de tanto sofrimento. Ao realizar esta denúncia Deus não prega o ódio aos que encarnam tais forças e se tornam seus instrumentos, aos que cedem a cobiças e ambições, mas partilhando com Maria a pobreza.

Francisco compreende a força presente na prática da pobreza evangélica, sem agressividade e ódio. Ao pobre que encontrou em Collestrada de Perúsia e que amaldiçoava “com ódio mortal” o patrão “que lhe havia tirado os bens”, Francisco diz: “Irmão, pelo amor de Deus perdoa teu patrão: assim haverás de salvar tua alma…” (2Cel 89).


O amor cavaleiresco de Francisco por Maria certamente não é uma fantasia. Esta expressão, no entanto, é ambígua e pode levar a pensar numa devoção feita de “galanteios”, quando na realidade se trata de expressão de uma piedade caracterizada pela participação na alegria de Maria que, em sua pobreza, se torna solidária dos pobres para participar na obra da encarnação de Deus, cuja paternidade só pode ser fundamentalmente invocada por aqueles que se unem a Cristo, e a tudo o que ele fez para que pudéssemos vencer a desumanidade do que sofre e possibilitar o nascimento de uma nova humanidade sob a única soberania de Deus.

Fonte: Dicionário Franciscano

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

FRADES QUE FIZERAM HISTÓRIA NA CUSTÓDIA IMACULADA CONCEIÇÃO





“Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã,
a morte corporal, da qual nenhum vivente pode escapar”
 (São Francisco, Cântico do Irmão Sol)

Dai-lhes o Senhor o descanso eterno e 
brilhe para eles a vossa luz

Frei André Ehlinger
Frei Milles Spinella
Dezembro Dezembro
07
17
2000
1984
USA
USA

TODA BELA ÉS, MARIA!



“Tota Pulchra es, Maria”! 
Toda bela és, Maria! Plenamente bela porque plena de graça. Maria é o nosso espelho de santidade, eleito com tal por Deus. Celebremos com piedade o nosso Modelo de vida. Que ela nos guie no nosso Caminho rumo ao céu!

domingo, 2 de dezembro de 2012

DATAS COMEMORATIVAS



"Não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de 
vós nas minhas orações"  (Efésios 1:16)


Felicidades a todos os nossos confrades:

Data Nome Comemoração
04/12 Frei Luiz Gonzaga da Silva Ordenação Sacerdotal
06/12 Frei Lindomar J. Carvalho Nascimento
06/12 Frei Antônio C. M. Mota Profissão Solene
06/12 Frei Humberto Messias L. Profissão Solene
09/12 Frei José P. Cardoso Jr.  Ordenação Sacerdotal
10/12 Frei Antônio C. M. Mota Ordenação Sacerdotal
12/12 Frei Camilo L. de Aguiar Nascimento
15/12 Frei Camilo L. de Aguiar Ordenação Sacerdotal
17/12 Frei Cláudio V. Pereira Ordenação Sacerdotal
21/12 Frei Michel Alves dos Santos Nascimento
24/12 Frei Ronaldo Gomes da Silva Nascimento
26/12 Frei Carlos R. O. Charles Nascimento
26/12 Frei Edson Damasceno Nascimento