"Usualmente, compreendemos por vocação o destino atual que se dá a vida (profissão, auto-realização, aptidão, projeto,...).
No entanto, quando falamos de vocação religiosa, referimo-nos a uma outra dinâmica. Na vocação religiosa há um encontro todo especial, que transforma a vida da pessoa, que muda a sua história. A vocação religiosa se dá na dimensão do ENCONTRO: Deus faz-se presente em nossa história, Deus vem até nós, atinge a nossa existência e passa a fazer parte dela.
A vocação é o instante do Encontro.
Na história da Salvação, tivemos inúmeros exemplos de vocação. Deus, na sua infinitude, vem até o homem num gesto de amor. Deus se faz presente ao homem, comunica-se-lhe. Apesar de não necessitar do homem, Deus quer amá-lo e ser amado por ele.
- A vocação depende do chamado de Deus em primeiro lugar;
- Ela requer também a participação do homem;
- A vocação deve ser percebida graças a um discernimento;
- A vocação não é algo criado pelo homem;
- O ser humano busca sempre o sentido último de sua vida, de sua existência."
>> Jesus é o vocacionado do Pai:
"Dirigiu-se a Nazaré, onde se havia criado. Entrou na sinagoga em dia de sábado, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías. Desenrolando o livro, escolheu a passagem onde está escrito (61,1s.): O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor. E enrolando o livro, deu-o ao ministro e sentou-se; todos quantos estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Ele começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir. Todos lhe davam testemunho e se admiravam das palavras de graça, que procediam da sua boca, e diziam: Não é este o filho de José?" (Lc 4, 16-22)
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