"Manhã pois manhã desperta meu ouvido para escutar como os discípulos; o Senhor Adonai abriu-me o ouvido e eu não resisti, não dei para trás." (Is 54, 4b-5)
A obediência é um ouvir com profundidade e com fé. É disposição e abertura para escutar com o espírito a voz do Senhor em cada momento da vida.
A obediência é um ouvir com profundidade e com fé. É disposição e abertura para escutar com o espírito a voz do Senhor em cada momento da vida.
O voto de obediência parte do princípio de uma escuta atenta, clara e direta da vontade do Senhor que se direciona a cada consagrado. Ou seja, a obediência consagrada não é uma vontade nossa; ela tem origem no chamado do Senhor feito a cada pessoa. É desse chamado que o consagrado procura em tudo que faz ouvir, perceber e corresponder a voz de Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo.
Jesus Cristo nos mostra, através de sua vida, como ser um perfeito ouvinte do Pai: "Pelos seus sofrimentos aprendeu a obediência; e por ser consumado, veio a ser, para todos que obedecem, causa de salvação" (Hb 4, 8-9). Por isso, obedecer na vida consagrada é entrar na mesma dinâmica da obediência de Jesus. Ele nos mostra que o Pai é o obediente por excelência. Deus é aquele que escuta os seus filhos e os serve dando-lhes aquilo que lhe é necessário e os sustenta em sua caminhada para o céu.
A obediência de Jesus nos mostra que obedecer vai além do relacionamento entre quem manda e quem executa o mandato. Obedecer é colocar-se na disposição límpida do servir a toda humana criatura, no qual ser senhor compromete o consagrado a ser um bom ouvinte da Palavra do Senhor. E o que significa ser um ouvinte atento do Senhor que nos fala em todas as situações?
Numa discussão dos discípulos sobre quem seria o primeiro Jesus responde: “Sabeis que aqueles que vemos governar as nações as dominam, e os seus grandes as tiranizam. Entre vós não será assim: ao contrário, aquele que dentre vós quiser ser grande, seja o vosso servidor, e aquele que quiser ser o primeiro dentre vós, seja o servo de todos. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10, 42-45).
Portanto, obedecer é um recolher-se inteiramente na ausculta do querer e amor de Deus que se encontra em tudo e em todos. Por isso, podemos afirmar que também no inimigo e no "mau" superior podemos experimentar a vontade de Deus que ultrapassa todas as nossas limitações e desafios. É afirmar que a morte e o mal não podem nos separar do amor de Deus e de sua benevolência para com todas as criaturas. Esta experiência obediencial leva-nos à perceber a que fecundidade somos chamados a viver: "Eu sou do meu amado e o meu amada o é meu. Ele é um pastor entre lírios. Grava-me com o selo em teu braço! Porque o amor é mais forte do que a morte; suas faíscas são de fogo, uma labareda divina. Águas torrenciais jamais apagarão o amor" (Ct 6, 2; 8,6-7).
A obediência de Jesus nos mostra que obedecer vai além do relacionamento entre quem manda e quem executa o mandato. Obedecer é colocar-se na disposição límpida do servir a toda humana criatura, no qual ser senhor compromete o consagrado a ser um bom ouvinte da Palavra do Senhor. E o que significa ser um ouvinte atento do Senhor que nos fala em todas as situações?
Numa discussão dos discípulos sobre quem seria o primeiro Jesus responde: “Sabeis que aqueles que vemos governar as nações as dominam, e os seus grandes as tiranizam. Entre vós não será assim: ao contrário, aquele que dentre vós quiser ser grande, seja o vosso servidor, e aquele que quiser ser o primeiro dentre vós, seja o servo de todos. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10, 42-45).
Portanto, obedecer é um recolher-se inteiramente na ausculta do querer e amor de Deus que se encontra em tudo e em todos. Por isso, podemos afirmar que também no inimigo e no "mau" superior podemos experimentar a vontade de Deus que ultrapassa todas as nossas limitações e desafios. É afirmar que a morte e o mal não podem nos separar do amor de Deus e de sua benevolência para com todas as criaturas. Esta experiência obediencial leva-nos à perceber a que fecundidade somos chamados a viver: "Eu sou do meu amado e o meu amada o é meu. Ele é um pastor entre lírios. Grava-me com o selo em teu braço! Porque o amor é mais forte do que a morte; suas faíscas são de fogo, uma labareda divina. Águas torrenciais jamais apagarão o amor" (Ct 6, 2; 8,6-7).
Excelente texto sobre a Vida Consagrada.
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